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Boticário usa chip para fazer teste de alergia de seus produtos

A história do perfume acompanha a evolução de civilizações, mudando e se adaptando a hábitos e necessidades das mais diversas populações. Por meio de marcas, grandes empresas e ícones da expressão humana e da moda, os frascos e aromas têm representado homens e mulheres ao longo do tempo.

Naturalmente, essa é uma trajetória de inovação. O desenvolvimento de uma fragrância pode parecer algo simples aos olhos de quem não faz parte desse mundo, mas é uma atividade que envolve diversos processos e variáveis. Um exemplo disso é o cuidado necessário com a saúde de quem usa o perfume: alergias, por exemplo, precisam ser um risco previsto e eliminado por quem desenvolve tais produtos.

Não por acaso, essa é uma das questões trabalhadas dentro do aspecto de inovação no Grupo Boticário. Quem conta essa história é Fernanda Angelucci, gerente de Redes de Inovação na empresa. “Temos um projeto de organs on a chip (órgãos em um chip, em tradução livre), método alternativo de teste de alergicidade”, diz. Basicamente, os testes são feitos nesses chips, que simulam órgãos humanos, garantido a segurança de quem usa o produto sem que qualquer ser vivo seja colocado em risco.

Responsável por parcerias em inovação, Fernanda revela que esse projeto foi possível devido a união do Grupo Boticário com um instituto de pesquisa, uma startup alemã e o Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações. A união tornou o desenvolvimento viável e mais veloz. “Esse é um resultado que podemos disseminar para o mundo cientifico como um todo, porque é algo buscado por todos”, diz.

Tecnologia

O uso da tecnologia para a inovação é recorrente dentro da empresa, inclusive. Segundo Thiago Moriyuki Higa, analista sênior do BotiLabs, há uma dedicação da empresa em encontrar formas de usar a inteligência tecnológica não apenas no estágio anterior à chegada do produto nas mãos desse cliente, mas também no processo que o leva até as lojas e às casas dos clientes.

“O BotiLabs é uma célula de inovação”, conta. “Nossa proposta é dar mais agilidade a estrutura, testar conceitos, tornando os processos mais eficientes e menos onerosos, fazendo conexões certas e considerando as pessoas certas para a inovação – uma agenda que é de todos na empresa”, diz.

Cultura

Outro ponto essencial, dessa vez ligando inovação à cultura e à responsabilidade social e sustentável, é o Instituto Boticário, que hoje tem um leque bastante ampliado de atuação, como conta Paloma Capanema, analista de projetos incentivados do Instituto Boticário. Um exemplo são os espaços culturais mantidos pela empresa, como o Mundo do Perfume, localizado no Catavento Cultural e Educacional, em São Paulo. O espaço foi um dos locais de Visita Criativa do Whow! Festival de Inovação. “O Mundo do Perfume é um espaço que mostra a beleza pode ser feita de outras formas”, diz.

Marina Sperafico, assuntos institucionais do Grupo Boticário, explica que o espaço cultural está muito ligado com os valores do fundador da empresa, Miguel Krigsner, que valoriza muito a questão da cultura. Apaixonado inclusive pela arte bonequeira, ele aplica seus princípios em mais de uma ação. Prova disso é que Krigsner é um também o idealizador do Museu do Holocausto de Curitiba, espaço que abrange não apenas a questão do período histórico, mas o respeito, no Brasil, pela diversidade.

(Por NoVarejo – Melissa Lulio) varejo, núcleo de varejo, retail lab, ESPM, Boticário, tecnologia