A venda de livros está perdendo espaço nas prateleiras e nos sites das principais livrarias brasileiras. Há cerca de dez anos, elas começaram a ampliar o seu portfólio e incluiram CDs e eletroeletrônicos. Com o fortalecimento do e-commerce, o processo de diversificação ganhou novo fôlego e as redes entraram em novos segmentos, como a venda de passagens aéreas, tablets, revelação de filmes e até materiais esportivos.

Apenas em 2011, a Saraiva fechou parcerias para vender passagens aéreas, cursos online e produtos esportivos em seu site. “A internet abre várias possibilidades. Podemos vender [na Saraiva] tudo que for entretenimento, lazer, cultura e informação”, diz Marcílio Pousada, diretor-presidente da empresa.

A expectativa dele é que os novos negócios digitais, ou seja, produtos vendidos exclusivamente pela internet em parcerias com outras empresas, respondam por 10% do faturamento da Saraiva em dez anos. Na rede, a importância do livro no resultado financeiro tem caído – hoje ele representa 50% da receita, o menor patamar já registrado, e em 2012 deve ser menos da metade.

Em consulta à página inicial do site da Fnac nesta semana, o iG encontrou ofertas de celulares, tablets, games, notebooks, câmeras digitais, aparelhos de blu-ray e GPS. Nenhum livro estava entre os anúncios em destaque.

A empresa não se considera uma livraria, mas uma “especialista no varejo de produtos de cultura e informação”. Hoje, sua principal receita provém da venda de produtos de informática (23% do total), seguida de livros (cerca de 20%).

A Fnac disse que acompanha a evolução da tecnologia na área de cultura e informação. A empresa ainda não oferece e-books no Brasil, mas admite que pode entrar neste mercado quando ele estiver maduro. “Os suportes mudam ao longo do tempo, mas as obras permanecem”, diz a empresa, em comunicado.

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(Por Portal IG Empresas) Varejo, Núcleo de Estudos do Varejo