As vagas em aberto na Amazon sinalizam que, depois de quase cinco anos de atuação no Brasil, a empresa tem planos para começar a atuar em outros ramos, além do de livros.
A multinacional atua em 12 países. O Brasil é o único onde só esse produto é ofertado e não há uma operação mais ampla de varejo.
A empresa tem uma política de não revelar os seus próximos passos, segundo o gerente regional Alex Szapiro.
“Nós não vamos ficar só em livros. Não comentamos planos, infelizmente não podemos especular, mas dou uma dica: as vagas em aberto permitem inferir.”
Especialistas em impostos e contadores com experiência são alguns dos profissionais que a Amazon procura —como livros são produtos isentos, isso indica que a varejista deve começar a atuar com outros bens.
Há demanda por trabalhadores especializados em logística, para movimentos intermunicipais, e em pessoas do setor de varejo que vão lidar “com uma variedade de produtos”, segundo o site.
“Nós usávamos quatro andares [do prédio onde é a sede em São Paulo], e vamos precisar de mais dois.”
A expansão, porém, ainda pode demorar. A contratação pode levar de 4 a 6 meses, devido a particularidades no processo seletivo da empresa.
Em outros países, o site da Amazon tem oferta de produtos próprios e também de terceiros, na forma de uma plataforma de “market place” para outras companhias.
No fim de abril, a Amazon do Brasil começou uma experiência semelhante aqui, mas, por enquanto, somente com livrarias e sebos.
Raio-X
US$ 38 bilhões (R$ 119 bilhões) foram as vendas líquidas no 2º trimestre, alta de 25% em relação a 2016;
US$ 628 milhões (cerca de R$ 2 bilhões) foi o lucro operacional no período, queda anual de 51%;
341,4 mil era o total de funcionários da empresa no mundo até o fim do ano passado
(Por Folha de S.Paulo) varejo, núcleo de varejo, retail lab, ESPM