O atacado distribuidor fechou o primeiro semestre de 2017 com queda de 1,57% no faturamento em comparação com o mesmo período de 2016, segundo o banco de dados ABAD/FIA, divulgado nesta segunda-feira (7/8) na convenção anual do setor realizada em São Paulo.

De acordo com a ABAD (Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores), o recuo mostra que o País segue muito sensível aos fatores políticos, e os seguidos revezes que o governo tem sofrido não ajudam na recuperação da confiança do consumidor.

“Tínhamos a expectativa de que os dados de junho se consolidassem em uma tendência para o segundo semestre. Infelizmente, vimos que maio foi um ponto fora da curva, que nos deu esperanças não sustentadas em números. Contudo, há motivos para acreditar na recuperação no segundo semestre, que é tradicionalmente mais forte para o comércio”, afirma o presidente da ABAD (Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores), Emerson Luiz Destro.

Em termos nominais, houve retração também em relação ao mês de maio (-4,48%) e na comparação com junho de 2016 (-4,30%). Em termos reais, o recuo também se deu nas três bases de comparação: de janeiro a junho, em relação ao mesmo período de 2016, a queda foi de -5,57%; em relação ao mês de maio, -4,26; e, ante junho de 2016, – 7,09%.

“Por conta dos números positivos de maio, em relação ao mês anterior e ao mesmo mês do ano passado, estávamos trabalhando com a expectativa de chegar, talvez, a um crescimento nominal de 2%, 2,5%. Com os novos dados, acreditamos que um crescimento nominal neutro, com queda real de até 2,5%, seja um resultado razoável para fechar 2017”, salienta o presidente da ABAD.

Recuperação
As médias móveis dos resultados do setor para 12 meses (faturamento nominal, tomando-se janeiro 2011 como base 100) mostram que o atacado distribuidor cresceu 77,5% em sete anos e meio. “Em mais alguns meses, o setor estará vendendo o dobro do que vendeu em 2011. Trata-se de um crescimento robusto para quem representa 53,7% do toda a distribuição de alimentos, produtos de higiene do lar e pessoal do país”, afirma Emerson.

(Por Supermercado Moderno) varejo, núcleo de varejo, retail lab, ESPM