Na continuação da temporada de balanços do segundo trimestre, a terça-feira será dia de conferir números da administradora de shopping centers Iguatemi. A expectativa de é que os números da companhia reflitam bem a situação do varejo brasileiro: uma ainda pequena e lenta melhora.
Para analistas do banco Itaú BBA, a receita da empresa deve crescer 2% na comparação com o mesmo período de 2016, para 166 milhões de reais. “Semelhante aos seus pares setoriais, a empresa registrou desempenho sólido em abril, com maio sendo ligeiramente mais lento, mas ainda positivo. O crescimento no conceito mesmas lojas provavelmente será de 2,0% ou 2,5%, maior em termos trimestrais, e as taxas de ocupação e inadimplência provavelmente permanecerão as mesmas”, dizem os analistas em relatório. A concorrente Multiplan teve um lucro de 104,5 milhões no segundo trimestre, alta de 5,9% em relação ao mesmo período de 2016. A receita cresceu 5,1%, para 283,5 milhões de reais.
Os dados já divulgados pelo IBGE mostram um varejo ainda oscilante. Em maio, as vendas do comércio varejista recuaram 0,1%, na comparação com abril. Foi um banho de água fria após os resultados de abril, quando as vendas haviam avançado 1% frente a março, o melhor resultado para o mês em 11 anos. Uma esperança para o setor está na redução da taxa de juros do país, atualmente em 9,25%, que deve ajudar na retomada do consumo. O corte da Selic também alivia a dívida das companhias do setor. “Há uma expectativa de que a melhora dos resultados, com a queda da Selic, comece a aparecer já neste segundo semestre de 2017”, diz Roberto Indech, analista da corretora Rico.
Com base na expectativa de melhora, as ações da Iguatemi já subiram 43,1% neste ano e estão em seu maior patamar histórico. As concorrentes também vivem um 2017 espetacular. A empresa tem um valor de mercado de 6,61 bilhões de reais. A Multiplan subiu 23,8% no ano; a BR Malls, 31,9%; a Aliansce, 175%.
(Por Exame) varejo, núcleo de varejo, retail lab, ESPM