A presença dos homens liderando as compras de alimentos cresceu, saltando de 63 para 68%. Por outro lado, o público com mais idade diminuiu sua participação nessas compras caindo de 79 para 73%, abrindo espaço para o crescimento dos jovens nas compras de alimentação, de 62 para 65% e para os solteiros, de 55 para 59%. Na escolha de uma marca ou produto também se constata diferenças entre homens e mulheres em alguns itens e semelhanças em outros. Por exemplo, o rótulo ser de fácil leitura e entendimento é mais importante para as mulheres com 70% do que para os homens com 62%. O pacote ser reciclável é menos importante para os homens (65%) do que para as mulheres (70%). Os dados fazem parte de estudo da GfK, empresa de pesquisa de comportamento de consumo.
O levantamento constata uma evolução no hábito de cozinhar do brasileiro de forma geral. A pesquisa revelou que saltou de 45 para 51% a participação dos homens na cozinha de casa. Na mesma linha, a participação dos solteiros à frente do fogão também subiu de 44 para 51%, enquanto que, na terceira idade, essa tendência se inverte, caindo de 62% para 49%.
O estudo também concluiu que cresce a venda de eletrodomésticos ligados ao mundo da cozinha, indicando uma tendência de que as pessoas estão comendo mais em casa. A venda de cafeteiras, por exemplo, saltou 12,31% em número de unidades, enquanto que as chamadas cooktops cresceram 28% em unidades vendidas. Esse desempenho pode ser creditado a um crescimento expressivo na audiência dos programas de culinária que atingiram um público de 15,2 milhões de indivíduos em 2016. Desse total, 54% são da classe AB e 61% mulheres.
Para a GfK, de acordo com os entrevistados, os brasileiros são mais envolvidos na busca por uma dieta saudável do que a média global. É uma tendência dos brasileiros reduzir ou evitar açúcar, sal, cafeína, carboidratos na alimentação. Eles declaram consumir com frequência alimentos ricos em fibras e enriquecidos com vitaminas e minerais.
Ainda na linha da busca pela saudabilidade, os brasileiros declararam que estão consumindo mais chá, chá gelado, yogurt/ smoothies e bebidas energéticas, categorias que mais cresceram nos últimos cinco anos. No caminho contrário, refrigerante vem em tendência de queda sinalizando que categorias como essa tendem a perder a visibilidade no mercado.
Gênero, geração e estágio da vida exercem grande influência na relação com alimentos e bebidas e 64% dos homens afirmam estar mais comprometidos na busca por uma alimentação mais saudável.
(Por Supermercado Moderno) varejo, núcleo de varejo, retail lab, ESPM