O varejo brasileiro conseguiu crescer 2,4% em maio, na comparação com o mesmo mês do ano anterior. Este é o segundo aumento consecutivo nessa base de comparação, de acordo com dados divulgados hoje (12) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Considerando o varejo ampliado, que leva em conta o desempenho do segmento de Material de Construção e Veículos, o volume de vendas cresceu 4,5% no período.
Em receita nominal, o comércio varejista registrou alta de 3,1% no período. Já o varejo ampliado teve alta de 4,5% na relação com maio de 2016.
De acordo com o IBGE, o crescimento do setor nessa base de comparação deve-se ao Dia das Mães e à diferença de um dia útil a mais em maio de 2017 (22 dias) em relação a maio de 2016 (21 dias).
Desempenho dos setores
Olhando para os segmentos do setor, apenas dois apresentaram desempenho negativo na comparação anual: Livros, Jornais, Revistas e Papelaria, com queda de 1%; e Combustíveis e Lubrificantes, com recuo de 0,9%.
Em termos de contribuição, ou seja, considerando os segmentos com maior peso na formação da taxa global do varejo, o segmento de Móveis e eletrodomésticos foi o grande destaque, com alta de 13,8% no volume de vendas.
Outras contribuições positivas relevantes sobre o total nacional vieram de Tecidos, vestuário e calçados (5%); Outros artigos de uso pessoal e doméstico (2,6%); Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (3,8%); Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (8,8%).
As vendas do setor de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios bebidas e fumo ficaram estáveis em relação a maio de 2016.
Considerando os resultados em maio, frente a abril, o setor apresentou leve recuo, de 0,1%. Já o varejo ampliado verificou queda de 1,2%.
“Numa visão geral, os dados de maio são bons, mas o cenário é nebuloso. Precisamos aguardar os números dos próximos meses para sabermos se realmente a economia se descolou da política. Diante do cenário atual, em que se assiste ao desenrolar das reformas e ao agravamento da crise político-institucional, não é possível projetar com segurança um futuro econômico”, comentou, em nota, Alencar Burti, presidente da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp).
(Por NoVarejo – Camila Mendonça) varejo, núcleo de varejo, retail lab, ESPM