Os cálculos são do presidente da Associação Paulista de Supermercados (Apas), Pedro Celso Gonçalves, que representa mais de 3 mil lojas no Estado de São Paulo, apreensivas com a volta do imposto.
Desde 2009, a carne era isenta de ICMS em São Paulo. Mas na virada do ano passado, o governador do Estado, Geraldo Alckmin (PSDB), extinguiu, por meio de decreto, o benefício. De acordo com a nova regra, o varejista que comprar a carne dos frigoríficos receberá um crédito de 7% de ICMS sobre o valor do produto.
No entanto, na venda da carne ao consumidor, estará sujeito a uma tributação de ICMS equivalente a 11% do valor. A diferença de quatro pontos porcentuais na alíquota do imposto entre a compra e a venda do produto será repassada para o preço ao consumidor.
Gonçalves explica que o imposto recai sobre o lucro bruto. Quando o produto entra com uma alíquota menor e sai com uma maior, o imposto aumenta muito, diz o presidente da Apas.
No caso da carne, que será tributada em 7% na entrada e 11% na saída, o valor monetário do imposto a ser pago mais que triplica, calcula. Ele pondera que, dependendo do estoque e da concorrência, o consumidor deve sentir o impacto já em abril.As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
(Por Exame) varejo, núcleo de varejo, retail lab, ESPM