Depois do Natal, a data é a mais aguardada pelo setor varejista. De acordo com dados da Apas (Associação Paulista de Supermercados), o setor supermercadista deve registrar crescimento real em torno de 2% nas vendas de Páscoa, principalmente diante da desaceleração da inflação que ocorreu no fim do ano passado. O crescimento nominal deverá ser aproximadamente de 8%.
Segundo analistas da associação, a situação só não é melhor diante do atual cenário econômico, com desemprego ainda elevado e redução na renda das famílias. Em 2015 e 2016, por exemplo, o desempenho das vendas na Páscoa não foi dos melhores.
Chocolates e outros itens
Espera-se que as vendas de chocolate tenham crescimento nominal de 12%. Segundo Rodrigo Mariano, gerente de economia e pesquisa da Apas, com a renda das famílias comprometida, os consumidores tendem a procurar outras opções de chocolates, tais como caixas de bombons e chocolates em barra, o que favorece a venda de chocolates em geral, porém, prejudica a de Ovos de Páscoa.
“O consumidor gosta de presentear os familiares com Ovos de Páscoa, porém, a análise em relação aos preços e a disponibilidade da renda podem inviabilizar a compra”, explica Mariano.
Diante deste cenário, a indústria busca estratégias e adequações para que as vendas não sejam prejudicadas. Uma das estratégias é a produção de ovos menores, o que reduz o preço do produto para torná-lo mais acessível aos consumidores.
Os preços dos chocolates, em geral, devem ser reajustados entre 6% e 8%. “Isso se dá por diversos fatores, entre eles, o preço do açúcar, que subiu em 2016; o alto custo de mão de obra; e o preço da energia elétrica e combustíveis, fatores que impactam diretamente nos custos de produção dos chocolates e ovos de Páscoa”, afirma.
Além dos chocolates, o setor supermercadista também observa o aumento na venda de produtos como pescados (em especial o bacalhau), vinhos e azeites.
Outro destaque é a Colomba Pascal, considerado também um dos itens preferidos do consumidor nesta época do ano. “A indústria de alimentos vem aumentando o mix de produtos ofertados e o consumidor tem experimentado cada vez mais estes itens”, comenta.
(Por Supermercado Moderno) varejo, núcleo de varejo, retail lab, ESPM