Após ver suas vendas caírem no final do ano, a Macy’s anunciou nesta quarta-feira (4) que fechou ou vai fechar 68 lojas e demitir 6.200 funcionários, em um contexto em que os compradores recorrem cada vez mais à internet para adquirir produtos.
Das 68 lojas —de um total de 730—, o fechamento de nove já havia sido anunciado anteriormente, sendo que três já encerraram as atividades. Mas a varejista revelou a localização das 59 lojas restantes, que serão fechadas em meados do ano, o que vai impactar 3.900 empregados. Segundo a empresa, alguns podem receber proposta para trabalhar em outras lojas.
Algumas das lojas são novas na rede. A Macy’s do shopping Eastland, em Columbus, Ohio, foi inaugurada em 2006, e tem 73 funcionários. Outras, porém, são históricas ou funcionavam havia décadas. Uma delas, a Macy’s de downtown Minneapolis, abriu em 1902 e possui 280 empregados.
A empresa também vai cortar algumas etapas de gerenciamento em sua central de operações, eliminando alguns cargos de administração. Somados às outras demissões, esses cortes completam os 6.200 postos de trabalho eliminados.
“Nós continuamos tendo queda na frequência em nossas lojas, onde a maioria dos nossos negócios ainda é realizada”, afirmou o presidente da varejista, Terry Lundgren, em comunicado.
Sobre as lojas que serão fechadas, ele afirmou que os estabelecimentos são “improdutivos ou não são mais destinos robustos de compras devido a mudanças no panorama de comércio local…Essas nunca são decisões fáceis.”
O anúncio ocorre após a varejista revelar, em agosto, que fecharia 100 lojas para tentar reverter a queda das vendas e do lucro. A cadeia também desenhou uma estratégia para impulsionar sua receita, que abrangia desde atrair grifes para a Macy’s até melhorar a experiência de compras on-line e realizar eventos para capturar tráfego de consumidores.
Mas os esforços foram frustrados por todos os feriados desde então. As vendas em lojas abertas há mais de 12 meses caíram 2,1% em novembro e dezembro na comparação com o ano anterior.
A Macy’s agora decidiu reduzir sua expectativa de lucro no ano, que passou para a faixa de US$ 2,95 a US$ 3,10. Antes, a projeção estava no intervalo de US$ 3,15 a US$ 3,40. A varejista também manteve sua perspectiva de queda de 2,5% a 3% em vendas.
(Por Folha de S.Paulo) varejo, núcleo de varejo, retail lab, ESPM