Setor que vem crescendo num ritmo de 14% este ano, o atacado de autosserviço, conhecido como “atacarejo”, espera que as vendas em volume de produtos continuem aumentando num patamar de dois dígitos em 2017. A expectativa é de Ricardo Roldão, da rede de atacarejo Roldão, presidente da entidade que representa o segmento, a Associação Brasileira dos Atacadistas de Autosserviço.

Apesar de considerar que as expectativas ainda são pouco inspiradoras para o desemprego e a renda das famílias no Brasil no próximo ano, o executivo vê uma tendência de continuidade de crescimento do formato. Ele avalia que o ritmo de expansão pode ficar, porém, um pouco menor do que o deste ano. O atacarejo tem ganhado espaço num movimento de mudança dos hábitos dos consumidores, mais sensíveis a preço durante a crise.

Outros formatos de varejo têm perdido vendas em volume, mas Roldão imagina que a dinâmica competitiva tende a se acirrar. “O varejo está reagindo e não vai ficar perdendo mercado sem reagir”, comentou.No curto prazo, as vendas de final de ano tendem a não trazer uma grande mudança no patamar de crescimento já atingido em 2016 até o momento, diz Roldão.

As vendas em novembro acabaram não animando tanto, em meio a feriados e chuvas fortes em São Paulo. Apesar disso, ele avalia que a composição dos estoques de produtos natalinos foi forte no atacarejo este ano, melhor do que em 2015.Para Roldão, o setor ainda vai continuar se beneficiando de investimentos em abertura de novas lojas. A rede que ele preside espera sair das 20 lojas de 2015 para 36 em 2017. O atacado de autosserviço como um todo, diz, segue enxergando muitas oportunidades de abertura de novas unidades, sobretudo nas regiões Norte e Nordeste.

(Por O Negócio do Varejo) varejo, núcleo de varejo, retail lab, ESPM