Os produtos de marca própria podem gerar economia em relação aos líderes da categoria, sendo uma ótima opção de economia para os clientes. Eles também possuem a mesma qualidade ou qualidade superior às das marcas líderes. Com preços mais acessíveis — em média, 40% mais baratos —, esses itens são mais uma alternativa para o consumidor que tenta economizar nas compras.

A fabricação de produtos de marca própria é a aposta dos supermercados para manter o nível de vendas durante a crise econômica. Os produtos de marca própria representaram 4,9% do faturamento total dos supermercados, atacados e farmácias, de acordo com o 17º Estudo Anual de Marcas Próprias da Nielsen.

Quem antes via as marcas próprias dos supermercados como produtos de baixa qualidade, hoje tem tido uma postura diferente. Com preços competitivos e qualidade que vem ganhando os consumidores, as marcas produzidas pelas redes de supermercado têm ganhado espaço nas gôndolas e nos carrinhos de compras. Bom para o consumidor, melhor ainda para o varejista.

Segundo pesquisa da Nielsen, as marcas próprias movimentaram R$ 3,6 bilhões no Brasil entre agosto de 2014 e agosto de 2015. O número foi 6,1% maior do que o registrado no período anterior. Outra pesquisa realizada pela Kantar Worldpanel, em parceria com a Associação Brasileira de Marcas Próprias (Abmapro), constatou que 31,9 milhões de lares consumiram produtos de marcas próprias de supermercados no último ano, o que representa 500 mil novos em relação a 2014. A quantidade equivale a um crescimento de 35% desde 2010.

Para a professora aposentada Maria Iolanda de Jesus além do preço, o que mais ela avalia na hora de encher o carrinho de compras é a qualidade dos produtos. “Não dá para colocar na mesa da minha família qualquer tipo de alimento. A qualidade conta muito. E nesse sentido, os produtos de marcas próprias não perdem em nada para os de marcas famosas”, diz.

Ela comenta que consegue economizar com a compra dando preferencia para esses produtos, mas não sabe precisar quanto. “Só sei que consigo fazer o dinheiro render um pouco mais e comprar o que precisamos em casa”. Uma dica que ela oferece para quem ainda tem medo de investir em produtos de marcas próprias é fazer testes. “Compro um sabão de marca própria e testo o rendimento, por exemplo. Se for a contento, no próximo mês aquele produto eu troco todos da minha lista”, ensina.

O estudo também revela que, seguindo uma nova cultura de consumo, os consumidores avaliam cada vez mais a qualidade das marcas próprias. Uma média de 86% dos entrevistados disse dar prioridade à qualidade do produto na decisão de compra.

Investimentos

Seguindo essa tendência e focada na estratégia de aumentar a rentabilidade no mercado varejista, a Cencosud Brasil, rede da qual faz parte os Supermercados Bretas, aposta em sua marca própria Prezunic. Ao todo, são oferecidos 250 produtos entre alimentos, limpeza e perecíveis. Oferecer produtos de qualidade e com preço, em média, 15% mais barato com relação aos líderes de categoria é a proposta da marca.

A previsão para 2016 é dobrar o faturamento. A marca registrou um crescimento de vendas em mais de 100% em 2015, se comparado com o ano anterior, e estima crescimento de 88% este ano.

Até agora, em Goiás, o crescimento da marca em 2016 passa de 250% com relação ao mesmo período de 2015, com destaque para os lançamentos de produtos que aconteceram neste primeiro semestre.  “Queremos aumentar nossa penetração da marca nas categorias presentes e aumentar o market share nas vendas da Cencosud Brasil como um todo”, explica Diretor de Estratégia Comercial da Cencosud Brasil, Alejandro Arruiz. O faturamento corresponde a 2,2% da Cencosud Brasil.

Categorias básicas são mais presentes, com destaque para a cesta de alimentos e limpeza. Em Goiânia, de janeiro a junho de 2016 os produtos mais vendidos, em ordem, foram açúcar, feijão, óleo de soja, papel higiênico, azeite, molho refogado, palmito, enlatados, massas com ovos e produtos In natura.

(Por O Negócio do Varejo) varejo, núcleo de varejo, retail lab, ESPM