As negociações avançadas para a compra do controle da rede varejista St Marche, voltada para classes A e B, pelo fundo americano Catterton, incluirá o Empório Santa Maria e a participação de 40% dos acionistas do grupo no Eataly. Boa parte dos recursos obtidos com a venda da fatia da varejista será aplicado na própria operação, mas a negociação inclui a abertura de uma nova unidade do Eataly na região da avenida paulista em São Paulo. Ficaria para um segundo momento a inauguração de um Eataly no Rio, prevista inicialmente. As negociações devem ser concluídas em até duas semanas.

A expectativa é de que o fundo americano assuma boa parte das dívidas do St Marche, estimadas em cerca de R$ 230 milhões, e fique com até 70% do negócio, que hoje estão nas mãos de cinco investidores brasileiros. Os outros 30% pertencem ao fundo Laço Managment, family office do investidor americano Malone Mitchell, que deverá manter a participação atual na rede, segundo fontes do mercado financeiro.

Os cinco acionistas brasileiros, entre eles, Bernardo Ouro Preto e Victor Leal (com fatias mais relevantes) e Rodrigo Luna, deverão ser diluídos, mas poderão voltar a comprar até 20% de participação nos próximos anos.

Desde 2015, os sócios do grupo St Marche buscam um investidor para o negócio. O que estava dificultando o avanço das conversas era a complexa composição acionária da varejista.

A expectativa é de que, com a entrada do novo investidor, a estrutura acionária seja unificada, disseram duas fontes do mercado financeiro. O banco Itaú BBA está com o mandato de venda do St Marche.

Nos EUA, o fundo Catterton tem investimentos em cerca de 100 marcas, com atuação no varejo de alimentos e bebidas, restaurantes e bens de consumo.

(Por O Negócio do Varejo) varejo, núcleo de varejo, retail lab, ESPM