Na manhã desta terça-feira, dia 12, o grupo francês Casino rejeitou a proposta apresentada por Abilio Diniz, seu sócio brasileiro no Grupo Pão de Açúcar, de fundir as operações da rede varejista com o Carrefour no Brasil. O empresário apresentou ao conselho do grupo francês um estudo mostrando as vantagens da operação, e o Casino apresentou outro, do banco Santander, apontando as desvantagens.
A posição dos franceses prevaleceu, já que Diniz não conseguiu convencê-los na reunião, que terminou nesta terça-feira, dia 12, em Paris.
O assunto será agora levado à reunião do conselho da Wilkes, holding que é dona do Pão de Açúcar e que é controlada por Diniz (50%) e pelo Casino (50%). O encontro está marcado para o dia 2 de agosto.
O Casino votará contra a fusão com o Carrefour e Diniz, a favor. Há também processos de arbitragem em andamento onde os sócios poderão chegar a um entendimento.
Sem BNDES
Aqui no Brasil, o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) deu indícios que deva desistir de participar da fusão após a repercussão de sua entrada no negócio. O governo Dilma trabalha com a informação de que está cada vez mais distante um acordo entre o Pão de Açúcar e o Casino.
A diretoria do BNDES não esperava uma reação tão contrária ao negócio. O banco se dispôs a colocar até R$ 4,5 bilhões na operação. A saída é cogitada pelas empresas que desenharam a fusão. A corretora Estáter e o banco BTG Pactual estariam buscando investidores no exterior, noticiou o jornal norte-americano Wall Street Journal.
(Por Folha de São Paulo)