O primeiro semestre deste ano teve o pior saldo de empregados formais no comércio varejista da região metropolitana de São Paulo desde 2008. É o que revela pesquisa divulgada hoje (30) pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado (Fecomércio SP), com base em dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego.
Segundo a pesquisa mensal da Fecomércio SP, 24.078 vagas formais do comércio varejista foram fechadas na região, de janeiro a junho deste ano – quase o dobro dos 12.751 postos extintos no mesmo período do ano passado.
Em junho, 3.711 vagas formais foram fechadas, enquanto no mesmo mês do ano passado, 325 vagas foram criadas. No mês, foram admitidos 42.191 funcionários no comércio varejista, ante 45.812 demissões. Enquanto as contratações diminuíram 2,4%, em relação a junho de 2014, o fechamento de postos de trabalho aumentou 7% na mesma base de comparação.
O número total de empregados no comércio varejista somou 1.004.629 entre junho de 2014 e junho deste ano, número inferior aos 1.007.485 empregos formais registrados no setor nos 12 meses encerrados em junho de 2014.
Os segmentos de mercado mais atingidos foram os de concessionárias de veículos (-7,4% no número de funcionários), autopeças e acessórios (-3,4%) e eletrodomésticos, eletrônicos e lojas de departamento (-3,2%). Por outro lado, houve aumento nas áreas ligadas a bens essenciais como farmácias (4,3%) e supermercados (3,7%).
Para a Fecomércio SP, o cenário é preocupante para o comércio, “uma vez que o número de vagas suprimidas no primeiro semestre de 2015 [considerando o varejo e o atacado] atingiu a marca de 191.288 no Brasil (58.457 no estado de São Paulo), sinalizando um quadro ainda mais recessivo para este ano”.
(Por Varejista) varejo, núcleo de estudos e negócios do varejo, retail lab, ESPM