Pesquisa trimestral da Associação Nacional das Instituições de Crédito, Financiamento e Investimento (Acrefi) e TNS Brasil, empresa global de pesquisa de mercado, mostra que 84% dos consumidores brasileiros planejam economizar mais em 2015 mudando o padrão de consumo.
A pesquisa apontou alta de 84% em julho ante 75% em abril, na intenção de não fazer um financiamento em 2015. Mas aquisição de móveis (49%), carro (50%) e eletrodomésticos (20%) continua nos planos dos brasileiros. Em seguida aparecem empréstimo pessoal (20%) e crédito consignado (9%).
Para aquisição dos bens, 35% dos entrevistados buscariam como forma de financiamento o crédito automotivo, 28% optariam pelo imobiliário, 34% pelo crédito direto ao consumidor (CDC) e 23% pelo consignado.
A grande maioria (92%) disse que a inflação impacta na decisão quanto a novos financiamentos e que já estão mudando os padrões de consumo. O lazer foi o padrão de consumo que mais teve impacto para 83% dos entrevistados, seguido de vestuário (77%), alimentação (76%), transporte (46%), saúde (40%), educação (35%) e outros (2%).
Endividamento e otimismo
Aumentou a proporção de consumidores com algum tipo de dívida, 68% em julho frente a 62% em abril, e 75% declararam ter dívida de cartão de crédito, 29% de carnê/boleto, 21% de financiamento de carro, 18% de financiamento imobiliário, 15% de CDC e 3% de leasing.
Para 86% dos entrevistados, o desemprego vai aumentar nos próximos meses, ante 81% apontado no levantamento do primeiro trimestre deste ano.
Quanto à manutenção do emprego, no próximo semestre, 38% dos entrevistados disseram estar seguros quanto à sua permanência, 27% disseram que não se sentem seguros e 36% revelaram que não estão empregados.
Aumentou significativamente a porcentagem dos consumidores que acredita que a situação financeira do país é ruim ou péssima (71% em julho), contra (66% em abril) e 37% em 2014.
Quando questionados sobre “quem você acha que é responsável por essa situação?”, 72% responderam que é o governo federal, 61% o Congresso (senadores e deputados federais) e 25% o setor privado.
Em relação à expectativa de melhora na situação econômica, 33% dos consumidores disseram não saber quando essa melhora virá, apenas 5% acreditam em uma melhora a partir do segundo semestre deste ano, 32% esperam uma melhora a partir de 2016 e 17% acreditam que só haverá melhora em 2018.
(Por G1) varejo, núcleo de estudos e negócios do varejo, retail lab, ESPM