Não basta ser o maior varejista mundial. O Walmart quer ser tão relevante no mundo digital quanto é hoje no off-line. Para isso, vem tentando entender como os concorrentes on-line usam suas ferramentas e, sempre que possível, adotar as mesmas armas. É o caso do serviço de assinatura Shipping Pass, semelhante ao Amazon Prime, em testes em mercados selecionados nos Estados Unidos, e de um sistema click & collect (compre on-line e retire na loja).

Esses são dois exemplos de ações on-line e omnicanal adotadas pela empresa também como forma de se diferenciar de outros players do mundo físico, como a Target. No ano passado, o Walmart aumentou suas vendas online em 22% na comparação anual, para US$ 12,2 bilhões, mas o número representa apenas uma pequena fração dos US$ 288 bilhões movimentados pela companhia no varejo americano, e cerca de um sexto das vendas da Amazon. Com vendas mornas (para dizer o mínimo) nas lojas físicas, o on-line torna-se um terreno ainda mais interessante para investir.

Recentemente, o Walmart equipou mais de 80 lojas no mercado americano para agilizar a entrega de pedidos feitos on-line, e o serviço de click & collect está disponível, para não-alimentos, em qualquer uma das 4.500 unidades da rede nos EUA. Como se não bastasse, a empresa também abriu quatro Centros de Distribuição automatizados, dedicados à operação on-line, cada um deles do tamanho de 20 campos de futebol.

(Por NoVarejo – Escrito por  Renato Muller) varejo, núcleo de estudos e negócios do varejo, retail lab, ESPM