Depois de crescerem no primeiro mês de 2015, as vendas do comércio varejista brasileiro voltaram a cair. Em relação a janeiro, o indicador recuou 0,1%, segundo dados divulgados nesta terça-feira (14) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Frente ao mesmo mês do ano passado, as vendas do comércio tiveram queda de 3,1%. Nessa base de comparação, é o pior resultado desde agosto de 2003, quando o varejo registrou baixa de 5,7%. No primeiro bimestre do ano, o indicador acumula queda de 1,2% e, em 12 meses, alta de 0,9%.

“O comércio reflete o consumo das famílias. O que influencia a gente é renda, preço e crédito, de um modo geral. A massa de rendimento real dos trabalhadores cresceu 4,1% no ano anterior (comparação de fevereiro de 2013 a 2014) e nesses últimos doze meses caiu 1,5%, comparado com 2014. Então, você tem crédito crescendo menos, renda caindo… e fora que você tem carnaval”, disse Juliana Vasconcellos, gerente da Coordenação de Serviços e Comércio do IBGE.  De acordo com a executiva, o crédito cresceu 5,2% de 2014 para 2015, em contrapartida, ele havia crescido 7,4% de 2013 para 2014.

De janeiro para fevereiro, venderam menos os ramos de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,2%); tecidos, vestuário e calçados e material de construção (-0,7%); móveis e eletrodomésticos, equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-1,3%); veículos e motos, partes e peças (-3,5%); e combustíveis e lubrificantes (-5,3%).

Porém, cresceram as vendas de outros artigos de uso pessoal e doméstico (1,8%); livros, jornais, revistas e papelaria (1,0%) e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (0,8%).

Na comparação com fevereiro do ano passado, caíram as vendas de móveis e eletrodomésticos (-10,4%); combustíveis e lubrificantes (-10,4%); hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-1,8%); tecidos, vestuário e calçados (-7,3%); e livros, jornais, revistas e papelaria (-5,3%).

(Por Eletrolar.com) varejo, núcleo de estudos e negócios do varejo, retail lab, ESPM