Após críticas da indústria às novas regras para as sacolinhas de compras, anunciadas em decreto na semana passada, a Prefeitura de São Paulo divulgou nesta quinta (15/1) resolução em que amplia o modelo comunicado pelo prefeito Fernando Haddad.
Além da já anunciada sacola verde, que deverá ser padronizada a partir do dia 5 de fevereiro em todos os estabelecimentos, a prefeitura permitirá também que seja produzida uma sacola na cor cinza. Ambas deverão ser feitas de materiais de fontes renováveis.As tradicionais sacolinhas plásticas brancas ficam proibidas de serem distribuídas a partir da data estipulada.
O saco verde só poderá ser reutilizado para o descarte de lixo reciclável, a fim de facilitar o reconhecimento pela coleta seletiva. Já o resíduo orgânico deverá ser descartado somente nas sacolas de cor cinza. O consumidor que descumprir tal regra poderá receber advertência e, em caso de reincidência, poderá pagar multa entre R$ 50 e R$ 500.
As regras são válidas para todos os estabelecimentos comerciais, sejam eles supermercados, farmácias ou padarias. Pela padronização, todas as sacolas deverão ter a mesma medida, 40% maiores que as usadas atualmente, e suportar dez quilos. As lojas que preferirem usar embalagens menores terão de produzi-las em outro tipo de material, como papel.
Mercados estudam cobrar pela embalagem
As novas regras para a padronização das sacolinhas não foram bem recebidas pelo varejo. De fabricação mais cara, as embalagens produzidas a partir de material de fontes renováveis provocarão impacto direto nos custos das empresas.
Segundo informou o prefeito Fernando Haddad, as embalagens poderão ser doadas ou vendidas pelas lojas. Por isso, grandes estabelecimentos estudam uma forma de cobrar dos consumidores o custo excedente. Também foi discutida a possibilidade de pedir à prefeitura que aumente o prazo para a entrada em vigor da regra, que passa a valer a partir de 5 de fevereiro.
Procurada, a Apas (Associação Paulista de Supermercados) disse apenas que está analisando o conteúdo da norma.
(Por Supermercado Moderno) varejo, núcleo de estudos e negócios do varejo, retail lab, ESPM