Em 2013, o Black Friday no Brasil transacionou 280% mais que em 2012 e a estimativa é que este número seja facilmente batido no próximo dia 28 de novembro. No entanto, um clima de insegurança ainda paira quando o assunto é a Black Friday. Informações desencontradas e alguns varejistas mal intencionados acabaram provocando uma má fama ao feriado de compras no Brasil.
Para remir as dúvidas e deixar os consumidores mais tranquilos para investir durante a data, encontro em São Paulo na manhã desta quarta (5) reuniu varejistas do meio online e nomes importantes do e-commerce nacional, como o empreendedor que inaugurou o comércio eletrônico no País, Jack London e o presidente da maior entidade representativa do setor – a Câmara Brasileira de Comércio Eletrônico (camara-e.net), Ludovino Lopes. No encontro, 112 varejistas assinaram o compromisso ‘Black Friday Legal’.
Lopes explicou que o projeto é uma iniciativa da camara-e.net em parceria com o Busca Descontos para ajudar o consumidor brasileiro a ‘separar o joio do trigo’ no mundo digital. As empresas que participarem do programa serão identificadas pelo selo homônimo à campanha, provando que elas se comprometeram com as ‘boas práticas do e-commerce, como oferecer apenas descontos reais e entregar produtos dentro do prazo prometido’.
Painel na Livraria Cultura da avenida Faria Lima foi chamado de “Turbinando a Black Friday” e, entre outras informações, trouxe os números da Braspag, empresa de soluções de pagamento da Cielo, que apresentou projeção feita a partir da análise do volume de 660 mil transações do feriado de compras do ano passado.
A partir deste perfil de consumidor traçado com as informações anteriores, o CEO da Braspag, Gastão Mattos, disse que o pico de vendas da “Black Friday” 2014 deverá ser entre 16h e 17h do dia 28 de novembro e o menor volume de transações acontecerá entre 4h e 6h. “Se a venda online estiver destoando muito desses horários, é sinal de que o varejista pode estar perdendo clientes para a concorrência. As pessoas preferem fazer suas compras no final do dia porque estão pesquisando mais antes de comprar”, disse.
Para chegar a estes dados, a Braspag leva em consideração as vendas das principais lojas do comércio eletrônico (que processam transações através dela), correspondente a 60% de domínio das conversões em vendas do mercado e-commerce nacional.
O diretor executivo do Ibope e-commerce, Alexandre Crivellaro, apresentou uma pesquisa que projeta faturamento de R$ 47 bilhões para o comércio eletrônico até o final do ano e expõe informações detalhadas do setor. O Brasil tem hoje 100 milhões de internautas (5º maior no mundo) e 80% acessam sites de comércio eletrônico. Lojas de varejo (70%), marketplace (51%) e sites de comparadores de preços (37%) são as principais categorias.
(Por No Varejo – Escrito por Rômulo Madureira) varejo, núcleo de estudos e negócios do varejo, retail lab, ESPM