A Tesco, maior rede de supermercados do Reino Unido, disse que a fraude contábil descoberta no início de setembro gerou um impacto de US$ 420 milhões no balanço da empresa, sendo US$ 189 milhões referentes ao primeiro semestre de 2014 e o restante ao ano fiscal anterior.

“Lamentamos profundamente os problemas descobertos nas últimas semanas. Agimos rapidamente para deixar claro o real estado das finanças da empresa e trouxemos uma nova equipe de gestores para descobrir as causas do problema e desenvolver e implementar ações para solucioná-lo”, afirmou o chairman da Tesco, Richard Broadbent.

Resultados
A empresa afirmou que no primeiro semestre do ano suas vendas recuaram 4,6% em mesmas lojas no mercado britânico, impactadas pela forte concorrência no setor supermercadista. Na internet, porém, houve crescimento de 11% nas receitas, enquanto as lojas de conveniência da empresa viram expansão de 0,8% em lojas comparáveis.

“Embora a revisão de nossas práticas comerciais continue, temos três prioridades imediatas: recuperar nossa competitividade no mercado doméstico, proteger nosso balanço contábil e iniciar nossa longa jornada de reconstrução da confiança e transparência de nossa marca”, disse Dave Lewis, CEO da empresa.

As receitas totais da empresa caíram 4,4% no primeiro semestre do ano, para US$ 54,5 bilhões, com recuo de 2% excluindo variações cambiais. Os lucros brutos ficaram em US$ 1,5 bilhão, 41% menos que um ano antes, e a margem da operação foi de 3,04%, 189 pontos-base abaixo do mesmo período de 2013.

(Por No Varejo – Escrito por  Renato Müller) varejo, núcleo de estudos e negócios do varejo, retail lab, ESPM