Redes de supermercado têm relatado alta na venda de água mineral em meio ao clima quente e temores sobre risco de desabastecimento em São Paulo. Apesar da forte demanda, a indústria reporta que não tem havido mudança no processo de produção e descarta o risco de faltar produto.
O Walmart informou que apurou crescimento de 50% em unidades vendidas de água mineral de janeiro a setembro na comparação com o mesmo período do ano anterior. A alta é considerada expressiva porque água não é um produto que costuma ter fortes variações de demanda.
A companhia também chama atenção para o fato de que cresceu a procura por embalagens grandes, de 5 litros ou 10 litros, quando em anos anteriores a maior parte das compras era de embalagens de 1,5 litro.
O Grupo Pão de Açúcar (GPA) informou que as lojas das bandeiras Extra e Pão de Açúcar registraram 37% em crescimento de vendas em água mineral na primeira quinzena de outubro na comparação com igual período do ano passado. Os destaques em vendas, segundo a empresa, estão sendo embalagens familiares – 5, 6 e 10 litros – e pacotes promocionais. A companhia ainda declarou que não tem havido problemas de estoques nas lojas.
“A seção de água mineral de ambas as redes continua sendo abastecida regularmente pelos oito fornecedores que o GPA mantém nacionalmente e a companhia mantém estoque do produto adequado para as expectativas de consumo a fim de atender os clientes com diversidade de portfólio e embalagens”, disse a companhia em nota.
Apesar do crescimento da procura no varejo, a Associação Brasileira de Indústria de Água Mineral (Abinam) afirma que as fabricantes ainda não sentiram impacto que altere o ritmo de produção.
A entidade descarta o risco de falta de produto para abastecer o varejo. Na avaliação da Abinam, a eventual ausência de algumas marcas nas gôndolas indica apenas que alguns pontos de venda podem ter tido dificuldade para gerir estoques.
(Por Estadão) varejo, núcleo de estudos e negócios do varejo, retail lab, ESPM