O esquema montado pela prefeitura de São Paulo para os ambulantes no entorno do Itaquerão foi aprovado pelos vendedores. A prefeitura negociou com a Fifa e conseguiu fazer um esquema para cadastrar 400 trabalhadores, quase todos unidos em uma cooperativa, para que eles pudessem vender bebidas na zona de exclusão ao redor do estádio.
A zona de exclusão da Fifa é um raio de até 2 km em cada arena durante a realização dos jogos da Copa. O local é delimitado para garantir segurança, fechado para carros e é espaço de divulgação das marcas patrocinadoras.
Os ambulantes no Itaquerão vendiam ontem apenas latas de cerveja Brahma (R$ 5), de coca-cola (R$ 4) e garrafa de água Crystal (R$ 3). Comprar deles saía mais em conta do que beber dentro do estádio, onde os preços são R$ 10, R$ 8 e R$ 6, respectivamente.
Vender apenas essas três bebidas, das marcas dos patrocinadores Ambev e Coca-Cola foi uma das condições acordadas entre Fifa e prefeitura, que levou oito meses para estruturar o plano, resultado de um grupo de trabalho que teve oito reuniões com os ambulantes. Os vendedores cadastrados participaram de treinamento nos jogos-teste do estádio.
As vendedoras Angela Maria Alves, de 46 anos, e Helen Aliny, de 26 anos, fizeram quatro carregamentos de bebidas entre 11h e 15h. Cada um levava 40 cervejas, 20 águas e 20 refrigerantes. Segundo elas, o ritmo de vendas foi bom.
Outros 200 ambulantes cadastrados pela prefeitura estão trabalhando no entorno da Fan Fest (festa oficial da fifa, com entrada gratuita, shows e telão) no Vale do Anhangabaú, no centro da cidade.
(Por Valor Econômico) varejo, núcleo de estudos do varejo, núcleo de estudos e negócios do varejo, retail lab, ESPM