A ação do Magazine Luiza chegou a saltar mais de 13% na quinta-feira, 8, após a companhia de móveis e eletrodomésticos divulgar fortes números para o primeiro trimestre e negar que esteja reduzindo preços mais baixos para alavancar as vendas.

Bancos e corretoras disseram que o bom resultado mostrou que a empresa conseguiu “virar a página” depois de enfrentar desafios operacionais nos últimos anos.

Mesmo com o ânimo dos investidores esfriando um pouco no fim do dia, o papel do Magazine Luiza subiu quase 10%. Ontem, a BM&FBovespa fechou em baixa de 1,17%.

Na noite da véspera, a empresa anunciou que teve lucro de R$ 20,5 milhões de janeiro a março, frente a R$ 800 mil reais do mesmo período do ano passado.

As vendas nas mesmas lojas, que consideram as unidades abertas há mais de um ano, subiram 25,4%, com alta de 22,3% nas lojas físicas e de 44% na operação online. Em relatórios, analistas de mercado descreveram o resultado da varejista como “impressionante”.

“Fica evidente que o Magazine Luiza está ganhando participação de mercado e apresentou forte crescimento de participação no trimestre”, disse a XP Investimentos.

Como base de comparação, a líder de mercado Via Varejo – que controla as bandeiras Ponto Frio e Casas Bahia – viu as vendas nas mesmas lojas subirem apenas 3,6% no mesmo período.

A aposta “muito forte” em mídia e o reforçou dos estoques para o primeiro trimestre propiciou o alto crescimento de vendas, ao preparar a empresa para um mercado propenso a comprar produtos de tecnologia, em especial smartphones e TVs, disse Frederico Trajano, diretor executivo de operações da companhia.

Perspectivas

Trajano também citou a evolução do comércio eletrônico para justificar o bom resultado trimestral, além da melhora no desempenho das antigas Lojas do Baú, compradas pela empresa em 2011.

Para o segundo trimestre, a perspectiva é de um desempenho também bastante positivo, disse o diretor superintendente do Magazine Luiza, Marcelo Silva, na esteira da Copa do Mundo.

As despesas em marketing, segundo executivos da empresa, deverão ficar “em linha” com as percebidas no primeiro trimestre.

Em nota distribuída a clientes ontem, o Brasil Plural, disse que a perspectiva para o negócio é positiva.

“Continuamos otimistas com o Magazine Luiza e esperamos um movimento positivo da ação na sequência de resultados que mostraram um ímpeto contínuo e forte crescimento das receitas”, escreveram os analistas do banco.

“Mais uma vez, a administração conseguiu entregar grande crescimento de receita junto com níveis de despesa mais concisos.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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