O Carrefour, maior varejista da Europa, disse que o crescimento das vendas acelerou no primeiro trimestre, impulsionado pelo Brasil, segundo maior mercado do grupo depois da França, enquanto as vendas na Espanha subiram pelo segundo trimestre consecutivo.
No entanto, as vendas nos hipermercados franceses, que são acompanhadas de perto pelo mercado, desaceleraram em meio a uma guerra de preços, ao passo que a China, outro importante mercado emergente marcado para expansão do Carrefour, também permaneceu fraca.
O vice-presidente financeiro da companhia, Pierre-Jean Sivignon, disse nesta quinta-feira que o Carrefour viu o consenso do mercado de cerca de 2,38 bilhões de euros para o lucro operacional deste ano como algo “razoável neste momento”.
O Carrefour está lutando para reverter anos de fraco desempenho da Europa, onde obtém 73 por cento de suas vendas. Seus problemas são, em parte, devido a uma dependência do formato hipermercado, à medida que os hábitos dos consumidores mudaram para favorecer compras mais locais e online.
As vendas do primeiro trimestre também foram impactadas por um feriado de Páscoa caindo em abril deste ano, ante março do ano passado, além de preços de petróleo mais baixos.
Excluindo esses fatores, as vendas nas mesmas bases subiram 3,7 por cento no trimestre, uma aceleração ante os 3,2 por cento de crescimento no quarto trimestre de 2013.
Este foi “o melhor desempenho trimestral de crescimento de vendas em mais de dois anos” do Carrefour, disse Sivignon.
No Brasil, o crescimento de vendas comparáveis acelerou para 6,4 por cento, ante 5,8 por cento no quarto trimestre. Na Espanha, terceiro maior mercado para o Carrefour, as vendas subiram 0,6 por cento, depois de avançarem 0,2 por cento no trimestre anterior, naquele que foi o primeiro período de crescimento em cinco anos.
Já na França, que é responsável por quase metade das receitas do grupo, as vendas nas mesmas lojas nos hipermercados do Carrefour subiram 0,7 por cento, uma desaceleração ante o aumento de 1,4 por cento no quarto trimestre de 2013. As vendas nas lojas chinesas abertas há mais de um ano caíram 3,1 por cento no primeiro trimestre, um recuo similar ao registrado no quarto trimestre.
(Por Exame) varejo, núcleo de estudos do varejo, núcleo de estudos e negócios do varejo, retail lab