A venda de produtos de conveniência, itens de higiene pessoal e até recarga de celular impulsionou o resultado das grandes redes de farmácias do País, de acordo com a Abrafarm (Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias).
O faturamento das maiores redes, que representam 55% do mercado, cresceu 13,8% em 2013, para R$ 28 bilhões. Segundo a Abrafarma, os não-medicamentos responderam por 32,5% do total. O comércio desses produtos cresceu 19,2% contra alta de 11,4% dos medicamentos.
De acordo com o presidente da Abrafarma, Sérgio Mena Barreto, a tendência de aumento das vendas desse tipo de produto nas farmácias é registrada há pelo menos sete anos.
Os não-medicamentos são um dos fatores de sobrevivência das farmácias, uma vez que não são submetidos ao controle de preços do governo, como os medicamentos. Segundo Barreto, uma farmácia hoje tem margem de lucro de 2% a 3%, um tipo de negócio que “só se justifica com a venda de grandes volumes.”
Incremento
O crescimento da venda dos não-medicamentos nas farmácias brasileiras pode ser explicado, de acordo com a Abrafarma, por um novo comportamento do consumidor e por estabelecimentos mais bem-preparados.
“Esse movimento é resultado de lojas maiores e mais estruturadas e um consumidor mais preocupado com beleza e bem-estar”, diz Barreto.
Outro fator que contribuiu para o aumento dessas vendas foi o crescimento das classes C e D.
Enquanto na década de 1990, a venda de não-medicamentos representava 20% do volume de venda das farmácias, a associação estima que em cinco anos os não-medicamentos deverão responder por 37% das vendas. “Nos Estados Unidos, mercado 15 vezes maior do que o brasileiro, essa participação corresponde a 45%”, diz Barreto.