Em mais uma votação por unanimidade, o Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (CONAR) manteve, no último dia 10 de maio, a decisão de suspender a campanha publicitária da Associação Paulista de Supermercados (APAS) contra as sacolas plásticas. A sentença vale para todas as mídias, incluindo as eletrônicas como blogs, sites, rádios e TV, e publicidade interna das lojas de supermercados.

A decisão ocorreu após pedido de recurso da APAS, que havia perdido em primeira instância. No julgamento, o CONAR entendeu que a campanha “Vamos tirar o planeta do sufoco” deve continuar suspensa, pois é enganosa e não atende às normas éticas para apelos de sustentabilidade na publicidade, criadas pelo CONAR, uma vez que a APAS nunca apresentou estudos que comprovassem o benefício ambiental da campanha.  A representação no CONAR foi feita pela Plastivida Instituto Sócio Ambiental dos Plásticos, baseada no “Anexo U” do Código Brasileiro de Autorregulamentação Publicitária que trata de “Apelos de Sustentabilidade” na publicidade no Brasil. Segundo Jorge Kaimoti, advogado da Plastivida, “os princípios éticos exigidos no Anexo U não foram respeitados pela campanha, intitulada Vamos Tirar o Planeta do Sufoco”. Ainda segundo Kaimoti, “por meio desta iniciativa e considerando mais uma vez o resultado unânime obtido no julgamento, mostramos à sociedade que a publicidade da Apas não respeita o cidadão”.

A ação movida pela Plastivida procurou mostrar que o conteúdo da campanha contraria os oito itens da ética publicitária no que se refere à sustentabilidade. Durante o processo no CONAR, a APAS não apresentou qualquer dado científico que embase os apelos ambientais citados na campanha. Segundo Miguel Bahiense, presidente da Plastivida, “a campanha não se mostrou verídica, não apresentou informações com exatidão e clareza, não apresentou fontes científicas para comprovar suas posições, ou seja, deixou a concretude, exigida no código, de lado”.

(Por Cidade Marketing) varejo, núcleo de estudos do varejo, núcleo de estudos e negócios do varejo