O fechamento de pelo menos 11 lojas do grupo Walmart no Paraná, no fim de dezembro, deve abrir espaço para as redes varejistas regionais, como Muffato e Condor, se fortalecerem no mercado estadual. No final de 2015, a empresa norte-americana encerrou as atividades em cerca de 30 lojas em sete estados brasileiros.

Nesta leva de encerramentos, o espaço do antigo Mercadorama no bairro do Bom Retiro, em Curitiba, foi ocupado pela rede catarinense de lojas de departamentos Havan. Até o momento, a varejista não informou o que deve fazer com os galpões e terrenos das lojas fechadas.

Além de dar espaço ao crescimento das marcas regionais, os imóveis vazios deixados pelos supermercados podem ser utilizados na criação de novos centros comerciais.

Apesar de ter afirmado que os fechamentos recentes se devem ao ambiente econômico do País, o Walmart já vinha enfrentando dificuldades em boa parte de suas lojas há pelo menos dois anos, antes da deterioração do cenário brasileiro. A empresa não comentou sobre possíveis problemas de integração entre as redes adquiridas no País e limitou-se a afirmar que tomou a decisão de fechar lojas com “com baixo desempenho”.

“A característica de expansão do Walmart garantiu um crescimento rápido, mas colocou em risco a sustentabilidade do negócio. Há uma grande dificuldade de integrar todas as gestões e sistemas das bandeiras, o que é muito importante no varejo”, afirma Fabiola Paes, professora e coordenadora de MBA em gestão de varejo da Universidade Positivo.

O Walmart tinha 544 supermercados, 200 farmácias, 50 restaurantes e 10 postos de gasolina em 18 estados e no Distrito Federal. A varejista ainda não confirma quantas lojas encerraram suas operações até o momento.

(Por Supermercado Moderno) varejo, núcleo de estudos e negócios do varejo, retail lab, ESPM