Embora seja impossível indicar com precisão o número de animais domésticos no Brasil, as estimativas da Feira Pet South America dão conta de que seja algo em torno dos 106 milhões – mais do que a metade da população do País registrada pelo IBGE, de 202,7 milhões de habitantes. Cachorros, peixes, gatos e aves são, nesta ordem, os companheiros preferidos dos brasileiros, que formam o segundo maior mercado consumidor de produtos pet no mundo.

Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Produtos para Animais de Estimação (Abinpet), o faturamento em 2014 deve crescer 8,2% em relação ao ano anterior, chegando a R$ 16,47 bilhões – montante superado apenas pelos Estados Unidos, cujas vendas respondem por 30% do setor, globalmente.

Em um segmento no qual as lojas de bairro ainda têm grande apelo, por conta da conveniência que oferecem aos clientes, duas grandes varejistas vêm disputando loja a loja o posto de maior rede do mercado.

Com 28 pontos de venda, um a mais do que a concorrente Pet Center Marginal, a Cobasi cresceu a partir de uma estratégia baseada no modelo de lojas grandes, com pelo menos 2 mil metros quadrados. Porém, com a dificuldade em encontrar locais dessa proporção na capital paulista, em 2014 a rede lançou um novo formato com a bandeira Pet&Fácil. Sob o conceito de conveniência, o objetivo é a venda expressa, para quem deseja apenas comprar produtos pré-determinados e não passear na loja, segundo Daniela Bochi, gerente de marketing da Cobasi. Três unidades já foram inauguradas.

Com estabelecimentos de 800 metros quadrados, a Pet&Fácil oferece metade do sortimento de produtos e não dispõe das seções de jardinagem, animais vivos, nem atendimento veterinário e banho e tosa. Os preços e as promoções são os mesmos que a Cobasi oferece.

A geografia de expansão de ambas as varejistas é semelhante: o foco é Rio de Janeiro, além das regiões Sul e Centro-Oeste. “Avançamos numa média anual de 35% e queremos abrir mais de 100 lojas nos próximos seis anos”, diz Hélio Freddi, diretor de marketing e novos negócios da Pet Center Marginal, que tem priorizado os investimentos em sua imagem.

De acordo com Freddi, a Future Brand estuda uma nova marca para a rede. A comunicação fica por conta da Publicis. “Nosso intuito é ser a maior rede da América Latina e uma das cinco maiores do mundo”, afirma o diretor. A repaginação visual não para por aí. O executivo adianta que Julio Takano, referência em arquitetura, é o responsável pelo desenvolvimento do novo modelo das lojas Pet Center Marginal.

(Por Meio & Mensagem) varejo, núcleo de estudo e negócios do varejo, retail lab, ESPM