Já imaginou colocar uma simples etiqueta em um determinado produto e, por meio dela, conseguir, de forma rápida, tabelar as informações de seu catálogo, a quantidade exata de itens no estoque e até identificar onde está determinado item? Pois é, isso já é possível com a tecnologia RFID, sigla para “identificação por radiofrequência”.
O recurso possui três elementos principais: a antena, o transceptor responsável por fazer a leitura e transferência dos dados e um transponder ou etiqueta, que contém as informações a serem transmitidas. Ele pode ter inúmeras utilidades, até mesmo em pessoas, mas tornou-se importante recurso para a gestão de estoque na indústria e no varejo.
Isso explica porque o mercado global da tecnologia RFID está em crescimento. De acordo com levantamento da consultoria Market Research Future, o setor deve alcançar um faturamento de US$ 31,8 bilhões até 2023, com um crescimento médio anual de aproximadamente 15,6%.
“É uma tecnologia que ainda não é tão explorada pelo mercado varejista por conta do alto custo. Contudo, após sete meses de projeto, podemos analisar que esse custo é, na verdade, um investimento com todo o resultado que está sendo apresentado”, explica Felipe Rossetti, sócio fundador da Piticas.
A empresa, especializada na venda de roupas licenciadas de marcas como Disney, Universal e Lucas Films, investiu R$ 5 milhões para implementar a identificação por radiofrequência não só em sua fábrica, mas também nos mais de 300 pontos de venda que possui em todo o Brasil.
Dessa forma, conseguiu automatizar e simplificar o inventário do estoque. Na fábrica, por exemplo, a gestão e controle das 800 mil peças produzidas levava cerca de 90 dias e, agora, não passa de 9 horas. Nas lojas, o processo que era de sete horascaiu para cinco minutos – permitindo um controle em tempo real a cada venda realizada.
Na Piticas, o processo de implementação começou em 2017, com o desenvolvimento e integração do sistema da empresa ao módulo RFID. Em janeiro ocorreu a etiquetagem dos produtos na fábrica e, a partir de fevereiro de 2018, todos as roupas produzidas já começaram a ser separadas e faturadas com a nova tecnologia. A expectativa é que todas as lojas credenciadas utilizem esse recurso no primeiro semestre de 2019.
“O controle de estoque é o grande desafio das franquias. Com essa tecnologia, queremos que o processo seja feito praticamente em tempo real, com inventário feito em poucos minutos, minimizando roubos e garantindo assertividade nos pedidos de reposição”, conclui Felipe.
Sobre a Piticas
A Piticas nasceu da ideia de dois irmãos, Felipe e Vinicius Rossetti, que após morarem por 10 anos nos Estados Unidos, retornaram ao Brasil em busca de uma oportunidade empreendedora. Com foco no desenvolvimento da criatividade e atentos a cada detalhe, fundaram a primeira loja em 2008. Com o crescimento da marca, eles começaram a investir em maquinários de última geração, construindo uma fábrica de 4 mil m² em Guarulhos. Desde então, a Piticas tornou-se uma das maiores fábricas de camisetas especializadas em estampas da cultura pop do país, produzindo 17 mil camisetas por dia, com mais de 500 funcionários e mais de 300 lojas franqueadas espalhadas pelo país, além do e-commerce próprio na Internet. Hoje, os irmãos acompanham todas as etapas da produção, treinamento de funcionários e satisfação dos clientes por meio de seus consultores. Mais informações no site: www.piticas.com.br.
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