Nos Estados Unidos, um novo dress code adotado pelo Walmart tem deixado funcionários nada satisfeitos, segundo informações do Business Insider.

Uma mudança na política da empresa determina que os empregados usem, a partir do dia 29 de setembro, somente camisas de gola azuis ou brancas e calças de cor preta ou cáqui por baixo de um colete com o logo da companhia.

O problema é que o colete será fornecido pela varejista, mas as outras peças, não. Logo, se o colaborador não possuir roupas com as características exigidas, precisará comprá-las.

Em uma carta escrita em nome da OUR Walmart, organização que representa os trabalhadores da empresa, o funcionário de uma unidade da rede na Califórnia, Richard Reynoso, contesta a medida.

“A verdade é que eu não posso gastar mais dinheiro em roupas para trabalhar, e a maioria dos meus colegas também está na mesma posição”, diz o homem no documento.

No texto, divulgado pelo The Huffington Post, Reynoso diz que pesquisou os preços e que as vestimentas sairiam por cerca de 50 dólares. “Eu recebo entre 800 a 900 dólares por mês. A triste verdade é que eu não tenho dinheiro sobrando para gastar em um novo uniforme só porque o Walmart de repente decidiu mudar a sua política”.

Ao Huffington Post, Kory Lundberg um porta-voz do Walmart, disse que é preciso cuidado ao analisar a carta de Reynoso e que a companhia tem ouvido os funcionários sobre o novo padrão de vestimentas e recebido muitos feedbacks positivos.

“Acho estranho que a correspondência tenha vindo do escritório de Washington DC e não da Califórnia, de onde o associado que a escreveu é”, disse o executivo ao portal.

Um funcionário da rede em Boise, no estado de Idaho, contou ao Business Insider que já vivenciou  mais alterações no dress code “do que consegue contar” nos três anos em que trabalha para a empresa.

Já uma consumidora se disse a favor da mudança, argumentando que com o novo uniforme será muito mais fácil identificar os trabalhadores da loja, em caso de precisar de ajuda.

(Por Exame) varejo, núcleo de estudos e negócios do varejo, retail lab, ESPM