Uma pesquisa que sondou a psiquê emocional de shoppers dos Estados Unidos, Reino Unido, França, Alemanha e Brasil identificou que 52% das promoções semanais e mensais feitas pelo varejo são direcionadas para clientes que, na realidade, pagariam o preço cheio dos produtos.

Denominado “Indiscriminate Promotions Cost Retailers”, que pode ser traduzido como “Promoções Indiscriminadas custam aos varejistas”, o estudo foi encomendado pela Revionics, empresa desenvolvedora de softwares de otimização de preços para varejo, e foi conduzido pela empresa Forrester Consulting, com a proposta de entender quais tipos de ações no varejo são significativas e impactantes para os clientes.

Mesmo com informações extensas sobre promoções e preferências dos shoppers, varejistas negam-se a realizar uma análise eficaz sobre o desempenho das ações promocionais e optam por ofertas simples, porém, ineficazes e que, acidentalmente, geram efeitos negativos. Por exemplo, 37% dos entrevistados que receberam alguma oferta em produtos que pagariam o preço total disseram que a promoção teve impacto neutro ou negativo. Mais da metade ainda disse que, no futuro, provavelmente estariam menos aptos a comprar naquela loja, conforme publicou o portal estadunidense Progressive Grocer.

“É interessante que muitas das ofertas improdutivas cheguem por e-mail, um meio no qual os varejistas entendem ser fácil ou barato de usar, especialmente ao enviar ofertas personalizadas, mas que ainda oferece risco se usado indiscriminadamente. Nós claramente vemos nos resultados do estudo que ofertas sem foco fracassam em elevar uma marca e podem ainda ser prejudiciais”, afirmou a porta-voz da Revionics, Cheryl Sullivan.

Além das considerações sobre os canais de oferta, a pesquisa mostrou detalhes relevantes em categorias de produtos. O estudo percebeu que os consumidores preferem ações sincronizadas com sua frequência de compra. Itens comprados com mais regularidade, como alimentos, utensílios domésticos, produtos de cuidado pessoal e artigos de conveniência, são os mais beneficiados com promoções diárias ou semanais. Entretanto, 65% dos shoppers preferem preços personalizados, e 47% deles afirmaram que ficam irritados se outra pessoa receber um preço melhor.

Em outro ponto, 59% dos consumidores revelaram que se recusariam a comprar um produto caso percebessem um preço excessivo. Entretanto, eles aceitam o aumento ou a diminuição do valor que permanece dentro de uma “faixa justa”, desde que seja baseado em uma pesquisa científica.

(Por SuperVarejo) varejo, núcleo de varejo, retail lab, ESPM, Promoção, Produto