Depois de três trimestres com altas de dois dígitos, a receita da Unilever nos países considerados emergentes desacelerou para um crescimento de 5,9% no terceiro trimestre deste ano, sobre igual período de 2012. Na América Latina, o avanço foi ainda menor, de 5,4%. Esses percentuais já são ajustados, excluindo impactos cambiais, aquisições e alienações.

Dificuldades enfrentadas pela companhia no Brasil influenciaram o resultado. Entre elas estão a implantação de um novo software de gestão e a crise enfrentada com o suco de soja Ades, em março. Na época, 96 unidades da bebida foram envasadas com uma solução de limpeza e precisaram ser recolhidas, afetando a credibilidade da marca.

Também pesou no desempenho a desvalorização do real e de outras moedas em mercados emergentes. A desaceleração só não foi maior porque, apesar de ter vendido apenas 0,5% mais em volume no terceiro trimestre deste ano, a Unilever promoveu um aumento de preços de 6% na América Latina no período.

Os países emergentes representam a maior parte da receita da multinacional, tendo totalizado 6,9 bilhões de euros no terceiro trimestre. As nações desenvolvidas arrecadaram 5,5 bilhões, após uma perda de 0,3% sobre o mesmo período de 2012.

(Por Supermercado Moderno) varejo, núcleo de estudos do varejo, núcleo de estudos e negócios do varejo