A associação que representa os supermercados no país, Abras, manteve a expectativa de crescimento mais modesto para o setor neste ano, mesmo após o avanço de dois dígitos observado nas vendas de julho, que subiram 11,59 por cento sobre igual período de 2012.

Segundo o presidente da Abras, Fernando Yamada, julho foi o pior mês para o setor no ano passado, com queda de 0,1 por cento na comparação anual, o que teria favorecido o resultado “até certo ponto surpreendente” apresentado no mesmo período deste ano.

Na comparação com junho, houve alta de 3,45 por cento nas vendas. Já no acumulado do ano, o crescimento foi de 4,16 por cento ante igual etapa de 2012.

Em nota à imprensa, Yamada afirmou que o segundo semestre deve apresentar um desempenho melhor que o primeiro em função do calendário de festas, que tradicionalmente beneficia os supermercados.

Mesmo assim, a entidade não revisou a meta de crescimento para 2013, que permanece em 3,5 por cento, abaixo do avanço de 5,3 por cento nas vendas reais apresentado pelo setor em 2012.

“Os desafios no cenário econômico e o forte resultado apresentado na segunda metade do ano passado alicerçam a manutenção das expectativas”, disse o gerente do departamento de economia e pesquisa da Abras, Flávio Tayra.

“Vivemos uma fase instável da economia, as previsões do PIB estão piorando e espera-se mais uma alta na taxa básica de juros”, disse Tayra, acrescentando que as empresas ainda vão lidar com a alta do dólar frente ao real, dimensionando melhor esse impacto a partir do próximo mês, quando começam a fazer encomendas para o final do ano.

“O segundo semestre do ano passado também foi bom, então por conta disso a gente não vai (ver a venda nos supermercados) disparar”, afirmou.

Alimentos De acordo com a associação, o preço da cesta de 35 produtos de largo consumo subiu 11,45 por cento em relação ao mesmo período de 2012, mas caiu 1,15 por cento sobre o mês anterior, chegando a 356,43 reais.

A queda na comparação mensal foi impulsionada pelo recuo nos preços do tomate (-34,41 por cento), cebola (-20,58 por cento), batata (-6,63 cento) e frango congelado (-3,52 por cento).

Por outro lado, os produtos com maiores altas foram o queijo prato, com aumento de 5,06 por cento, seguido pela farinha de trigo e leite longa vida, que subiram 4,58 por cento e 4,16 por cento, respectivamente.

(Por Exame) varejo, núcleo de estudos do varejo, núcleo de estudos e negócios do varejo