A alta menor dos preços dos alimentos deu impulso às vendas dos supermercados em maio, pela primeira vez desde fevereiro, e livrou o comércio como um todo de fechar o mês em queda.
Graças ao avanço de 1,9% do setor de supermercados, hipermercados e demais lojas de alimentos e bebidas de abril para maio, o varejo surpreendeu positivamente, embora as vendas tenham ficado estáveis. A expectativa do mercado apontava um recuo de 0,4%.
Para a consultoria LCA, a “queda generalizada das vendas” de outros ramos foi “contrabalançada pelo forte avanço dos supermercados”, beneficiados pela alta mais branda dos preços da alimentação no domicílio – que subiram 0,05% em maio, após avançarem 1,1% em abril.
Reinaldo Pereira, economista do IBGE, diz que, além de reajustes mais moderados dos alimentos, houve ainda “uma canalização para o consumo dos itens mais básicos”, como alimentação, diante da inflação geral mais elevada, que corrói a renda.
Essa tendência, afirma, é um dos motivos do aumento das vendas nos supermercados. Com menos dinheiro disponível, diz, o consumidor deixou de comprar itens de vestuário, informática e farmácia – todos tiveram retração de abril para maio.
(Por Supermercado Moderno) varejo, núcleo de estudos do varejo, núcleo de estudos e negócios do varejo