No meio do burburinho da 25 de Março pedestres param, curiosos, na frente de vitrines a exibir salgados de casquinha crocante e recheio cremoso -coxinhas, croquetes, empanados.

São estufas, a 70ºC, em plena calçada, das quais se pinça um salgado, depois de depositar o valor exato (e em moedas!) na máquina.

Inspirada na rede holandesa Febo, que tem 22 unidades só em Amsterdã, a lanchonete Quickies ousa pouco no cardápio. Oferece, por exemplo, croquetes (de R$ 1 a R$ 2,50, a depender do sabor) e coxinhas (R$ 1,50), com recheios pastosos, pouco condimentados.

Há alternativas mais diferentes, no entanto. O bami é um empanado de talharim, frango e legumes (R$ 2). O croquete de goulash (este, sim, picante) não tem receita semelhante à do ensopado húngaro -a carne é temperada com salsinha, cebolinha e pimenta.

Na ladeira Porto Geral, também no centro, quem observa o movimento diante das estufas ouve expressões como “isso é coisa de americano” e “que moderno”.

Mas há certa confusão na hora de fazer a compra. Onde depositar o dinheiro? Como usar a máquina que substitui notas por moedas? Em que momento e de que forma pegar o salgado?

Por isso, apesar das máquinas modernas, um funcionário fica de plantão para orientar os clientes.

Nos bastidores, são mais dois empregados. Ficam em uma cozinha que comporta apenas uma geladeira e duas fritadeiras automáticas (em dois minutos, o salgado está frito e escorrido).

Ao todo, o espaço tem 3 m². Embora minúsculo, vende mais de 1.600 salgados por dia.

Foi a alta rotatividade que levou o proprietário Marcus Vinicius Lima a abrir novas unidades da marca. Por enquanto, estão previstas uma loja no centro de São Caetano, outra na rua Sete de Abril e, no início do segundo semestre, uma unidade na rua Augusta, que será 24 horas.

(Por Folha de S.Paulo) varejo, núcleo de estudos do varejo, núcleo de estudos e negócios do varejo