O varejo deve encerrar o segundo trimestre em desaceleração, mas, a partir de julho, uma reação deve ocorrer, de acordo com Fabio Bentes, economista da Confederação Nacional do Comércio (CNC).

“Não há novidades positivas neste segundo trimestre. Para não descartar qualquer evento positivo, podemos esperar desaceleração da inflação de alimentos nos próximos meses, o que deve ajudar nas vendas de supermercados e hipermercados”, afirmou Bentes.

De acordo com a Confederação Nacional do Comércio (CNC), a confiança dos empresários do setor voltou a cair em maio, recuando 1,5% na comparação com abril, para 124,7 pontos. Em relação a maio de 2012, o indicador caiu 3,3%.

“O que faz o indicador ceder mês após mês é a queda nas vendas, que estão em patamares baixos, considerando o histórico recente”, disse ele. Crédito mais caro e inflação, sobretudo de alimentos, são os motivos.

Além do arrefecimento na inflação de alimentos Bentes espera queda na inadimplência nos próximos meses, o que deve beneficiar as vendas do comércio no segundo semestre. Nesse cenário, a CNC estima que o setor deverá crescer entre 4,5% e 5% neste ano, depois de avançar 8,5% em 2012.

Segundo ele, o aumento das taxas de juros não deve prejudicar a melhora no varejo. “A alta dos juros pode dificultar um pouco as vendas de bens duráveis, mas elas estão em um patamar bom. Com a inflação mais branda, as vendas de bens não duráveis, que estão baixas, devem melhorar. Dessa forma, as vendas do comércio devem ficar mais equilibradas”, disse ele.

(Por Valor Econômico) varejo, núcleo de estudos do varejo, núcleo de estudos e negócios do varejo