Com o objetivo de aumentar a concorrência entre as operadoras e forçar a redução de suas taxas cobradas, o governo federal tem estudado a criação de uma medida para regulamentar o setor de vale-refeição e vale-alimentação.

A Abras (Associação Brasileira de Supermercados) diz que, sem poder arcar com o custo, varejistas acabam aumentando seus preços ao consumidor. E isso ocorre justamente no momento em que alimentos e bebidas, itens que respondem por 24% do índice oficial de inflação (IPCA), vêm em alta.

Apesar de isoladamente esses repasses terem impacto pequeno na inflação, técnicos do governo reconhecem que, neste momento, o movimento é mais um custo que ajuda a alimentar a alta inflacionária. A ideia é evitar a propagação de um ciclo vicioso, em que reajustes em alguns segmentos puxem novos em outras áreas.

Em carta encaminhada ao governo, a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes afirmou que as taxas no Brasil passam de 4% nos cartões de crédito e de 6% nos vales-refeição – na Europa e nos EUA, seriam em torno de 1%.

A Casa Civil, a Fazenda e o Banco Central discutem a criação de regras para o segmento, que poderão ser incluídas numa medida provisória que tratará dos meios de pagamento em geral e que deverá incluir ajustes na regulamentação de cartões de crédito e débito.

O debate atende ao interesse da presidente Dilma Rousseff, que quer a defesa do consumidor como uma das bandeiras da sua gestão.

(Por Supermercado Moderno) varejo, núcleo de estudos do varejo, núcleo de estudos e negócios do varejo