O Natal brasileiro tem as suas particularidades. Uma delas é o velho hábito de deixar as compras para a última hora. Dados da credenciadora de cartões Cielo mostram que o maior pico de operação do ano é registrado no dia 24 de dezembro, entre 12 e 13 horas, concentrando um volume que ultrapassa os 24 milhões de transações ao longo do dia.

Para evitar os transtornos gerados pela alta na demanda, a empresa opera em um sistema de war room, monitorando os pontos nos quais atua em cerca de 1,5 milhões de estabelecimentos no país. Segundo dados da companhia, o número de transações com cartões de crédito e débito no período chega a quase 2 milhões por hora. A preparação para o final de ano é iniciada em agosto, quando são feitos os testes nos links dos pontos de venda.

A ideia é que toda a rede esteja preparada para atuar na alta demanda gerada pelo Natal. “Durante todo o ano temos uma média diária de transações de 17 milhões nos dias de maior pico. Na véspera do Natal isso sobe muito, no entanto, existe uma variação ainda maior se a data cair em um sábado. Atuamos com uma preparação para este período, que é considerado crítico e nossas equipes trabalham em esquema de plantão”, explica o Fernando Finocchiaro, Gerente de Serviços de TI da Cielo, em entrevista ao Mundo do Marketing.

Particularidades de compra
Além de deixar suas compras para a última hora, o brasileiro possui outros comportamentos peculiares quando o assunto é a utilização do cartão de crédito. Dados do monitoramento da Cielo mostram que o maior volume de operações via e-commerce é feita às segundas-feiras, o que reforça o hábito de que as famílias utilizam os finais de semana para irem até as lojas pesquisarem preços de produtos antes de comprarem pela internet.

O comportamento dos consumidores quanto à utilização de crédito ou débito; parcelado ou à vista, é bem distribuída. No Rio de Janeiro, 37% dos usuários de cartão compram no crédito à vista, 31% parcelado e 32% no débito. Já em São Paulo, 34% dos consumidores utilizam o crédito em uma só parcela, 38% dividem o valor e 28% pagam suas contas no débito. Apesar de os números apresentarem um equilíbrio, são as diferentes épocas do mês nas quais as compras são feitas que alteram a opção de pagamento. Na primeira quinzena, mais próximo às datas de recebimento dos salários, há a maior adesão ao débito, enquanto no final do mês, existe um aumento no registro de compras por crédito.

Com relação aos horários de maior volume de transações versus tipo de ponto de venda, dados da Cielo mostram que o dia de maior utilização é o sábado, seguido pela quinta-feira. Os principais horários são entre as 12h e às 14h e entre às 18h e às 19 horas. Postos e supermercados são os locais com maior índice de utilização no período noturno. No horário do almoço e também à noite, os campeões são os restaurantes enquanto boa parte das compras mobile são feitas também no período do almoço e à noite.

Locais mais utilizados para comprar
Outro ponto monitorado é a preferência do brasileiro em onde utilizar os seus cartões de crédito e débito. Um levantamento da Cielo mostra que, na capital paulista, em primeiro lugar estão as lojas de vestuário, seguidas pelo varejo alimentício, lojas de departamento e atacados especializados. Atingir cada um desses pontos é o desafio da empresa.

Atualmente a Cielo está presente em mais de 90% do território brasileiro e investe em diferentes iniciativas para continuar ampliando a sua participação. Apenas no ano passado, a credenciadora captou um volume monetário de R$ 320 bilhões. Entre os estados mais representativos em transações estão São Paulo (39%), Rio de Janeiro (12%), Minas Gerais (9%) e Paraná (6%).

Para obter crescimento a companhia investe em ações de Marketing e relacionamento B2B. “Em 2009 fizemos o lançamento da Cielo como marca e, no ano seguinte, começamos os investimentos em Marketing tanto voltado para o lojista quanto em ações na mídia”, explica Rogério Signorini, Diretor de Inovação da Cielo, em entrevista ao Mundo do Marketing.

Incentivo
Uma dessas ações é o programa de incentivo Cielo Fidelidade, que transforma cada R$ 1.000,00 em vendas nas máquinas em 200 pontos que, após acumulados, podem ser trocados por prêmios. Entre eles estão materiais de merchandising e sinalização para os estabelecimentos comerciais cadastrados.

Outro investimento que vem sendo feito pela empresa está relacionado ao mobile. Lançado em 2010 e difundido recentemente na plataforma iOS, o Cielo Mobile permite que profissionais liberais e vendedores de porta a porta façam vendas por meio do cartão de crédito. “Este aplicativo nos deu uma mobilidade muito grande. Basta que o profissional efetue um cadastro, baixe o aplicativo e ele estará habilitado a vender com nossos cartões pelo seu smartphone”, conta Rogerio Signorini.

(Por Mundo do Marketing) varejo, núcleo de estudos do varejo, núcleo de estudos e negócios do varejo