Brasil ainda está cerca de três anos atrás dos Estados Unidos em termos de evolução do e-mail marketing, mas operações estão crescendo, afirma Marco Salvi.

Com uma taxa de conversão de vendas de 2,53% para os sites de comércio eletrônico no Brasil, o e-mail é o canal de marketing mais efetivo do setor.

Os números são resultado de um estudo inédito da Experian Marketing Services sobre Performance no e-commerce, apresentado durante o Fórum E-Commerce Brasil 2012.

Segundo a Experian, a taxa de conversão é o resultado da divisão do número pedidos efetuados em um site de comércio eletrônico, pelo número de visitas em um mesmo período.

De acordo com Marco Salvi, diretor de Marketing e Client Services da Experian Marketing Services, os resultados do estudo indicam que o e-mail é o melhor canal para os profissionais de marketing elevarem a receita com vendas: é efetivo, barato, rápido e personalizado.

A pesquisa identificou que 65% dos anunciantes que investem nesse canal acreditam que o e-mail está gerando retorno sobre o investimento; 48% continuarão investindo e 17% aumentarão os investimentos.

Outra conclusão da pesquisa é que o e-mail marketing ainda é visto pela maioria dos profissionais como forma de elevar a receita com vendas e aumentar o tráfego do site. Porém, ele também é uma forma de melhorar o relacionamento com os consumidores.

Formas de evoluir

Salvi explica que o Brasil está cerca de três ou quatro anos atrás de mercados como os Estados Unidos e a Inglaterra em matéria de e-mail marketing. “Ainda tem muito espaço para crescer e estamos caminhando nisso”, afirma.

O executivo resume uma das grandes vantagens do canal: a personalização em massa. É possível unir todas as informações que a empresa possui dos consumidores, incluindo dados cadastrais como idade, sexo, até histórico de compras, de forma a oferecer um produto interessante.

Embora isso já seja feito no Brasil, ainda não tem o mesmo nível de sofisticação visto no exterior. A primeira questão a ser observada para a melhor utilização do e-mail marketing, segundo Salvi, é ter uma boa infraestrutura de envio em termos de velocidade e respeitando as boas práticas – ou seja, ter o opt-in, em que a pessoa aceita receber esse tipo de mensagem.

A segunda é que o assunto da mensagem tem que ser interessante e o seu conteúdo também. “A empresa tem que conversar com o consumidor, perguntar o que ele gosta e o que ele quer. Quem usa esse canal de forma objetiva, acaba tendo resultados muito expressivos”, diz Salvi.

O executivo afirma que o interesse de empresas brasileiras tem aumentado, mas ainda falta expertise que permita o trabalho com as informações disponíveis e a segmentação dos consumidores.

As grandes empresas possuem mais investimentos e o “gap” entre o mercado local e o externo é até menor. “Para as pequenas empresas, o desafio é maior, mas o problema não é tanto o acesso às plataformas e sim o conhecimento sobre como usar esse canal”, diz Salvi.

Outras fontes

Dentre os entrevistados no estudo, 90% utilizam o e-mail marketing, 88% as mídias sociais, 72% os canais de busca (Search). Este último apresenta a segunda melhor taxa de conversão, de 2,08%.

(Por Brasil Econômico) varejo, núcleo de estudos do varejo, núcleo de estudos e negócios do varejo