Um dia após ser criticada pelo “excesso de burocracia”, a Prefeitura de São Paulo concedeu, no sábado, as licenças ambientais que faltavam para que o shopping JK Iguatemi continue as obras viárias para minimizar o impacto que o empreendimento vai causar ao trânsito.

O shopping abriria na semana passada, mas a inauguração foi suspensa pela Justiça até e o fim das obras.

O empresário Walter Torre, dono da WTorre, empreiteira que construiu o shopping disse na semana passada que só ficou sabendo quais obras deveria fazer em maio de 2011 e, desde então, migra de secretaria em secretaria a fim de conseguir executá-las.

Agora com a licença ambiental – a última que faltava – calcula que levará mais de um ano até terminar o viaduto, que é a maior delas.

A prefeitura informa que “vem cumprindo os prazos e exigências necessários para a aprovação de projetos e concessão de licenças”.

A WTorre recorre na Justiça para obter um termo provisório (TRAP) que funcione como garantia de que as obras viárias serão feitas e que possibilite a inauguração.

A prefeitura diz que só vai emitir o TRAP após o fim de todas as obras e que este é “um dos conglomerados comerciais com maior impacto viário já analisado” pela CET.

Ontem de manhã cerca de 200 pessoas protestaram em frente ao shopping. Duas faixas da av. Chedid Jafet foram fechadas por meia hora, causando lentidão na região do Itaim Bibi (zona oeste).

Entre os manifestantes, estavam funcionários das lojas. “Já tive prejuízo de R$ 600 mil porque os funcionários estão contratados e o ponto já está sendo pago”, diz Mônica Rennó, 48, uma das proprietárias da loja Talchá.

A prefeitura diz que reconhece a importância do empreendimento “mas esclarece que existem formalidades de licenciamentos a serem cumpridos.”

(Por Gouvêa de Souza) varejo, núcleo de estudos do varejo, núcleo de estudos e negócios do varejo