Os investidores parecem ter posto em segundo plano a mudança de controlador do Grupo Pão de Açúcar (GPA), prevista para junho, e concentrado suas apostas nos bons resultados da companhia, já que o papel não para de subir.
A mudança de controle já era prevista desde 2006, quando a transição em que o Casino assumiria a frente do negócio e a maioria absoluta do capital votante foi desenhada pelo grupo francês e Abilio Diniz. O comunicado enviado na semana passada – no qual o Casino afirma que irá exercer o direito de nomear o próximo presidente do Conselho de Administração da holding – não foi uma surpresa, já que a mudança já era prevista para ocorrer no dia 22 de junho deste ano.
Os analistas de mercado, porém, dão mais atenção às questões operacionais da companhia. Para Cauê Pinheiro, analista de varejo da SLW Corretora, a troca no comando não significa uma alteração de estratégia ou da gestão do GPA e, por isso, pouco afeta a percepção do mercado sobre a empresa. “Na verdade, o Casino já está no negócio, e essa mudança, em junho, não traz risco nenhum para o Pão de Açúcar”, afirma ele.
Neste ano, até a última segunda-feira, as ações preferenciais (PN, com direito a voto) do Pão de Açúcar subiam 28,43%, acima do desempenho do Índice Bovespa (17,50%). Quando se observam os números de março, a diferença é ainda maior – avanço de 8,1% dos papéis do varejistas ante alta de apenas 1,33% do índice.
Entre as casas de análise que acompanham a empresa nos últimos três meses, 13 recomendam compra, três indicam manutenção e uma sugere que o investidor venda as ações, de acordo com a “Bloomberg”. “Estamos otimistas com o Pão de Açúcar, que ainda tem espaço para subir este ano”, afirma Pinheiro.
(Por SUpermercado Moderno) varejo, núcleo de estudos do varejo, núcleo de estudos e negócios do varejo