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Apesar da crise, vivemos nos últimos 4 anos um período de crescimento acelerado no varejo. Muitas redes de lojas dobraram de tamanho, multiplicando seu faturamento, lucro líquido, número de lojas, de funcionários e pretendem continuar assim, pois projetam altos investimentos em expansão.
A questão é se as grandes redes crescem apenas quantitativamente ou qualitativamente. Refiro-me a percepção do consumidor que realiza suas compras nas lojas de um desses grandes varejistas que possuem centenas de lojas.
O fato de ser apenas grande não coloca o varejista em vantagem competitiva pelo menos a longo prazo. É necessário adicionar valor ao consumidor como condição de garantir fidelização à marca ou bandeira varejista.
Uma empresa grande apenas em tamanho vai se tornar vulnerável à medida em que a concorrência crescer e veremos isso cada vez mais acontecer no Brasil como economia emergente.
Além disso, a expansão das redes varejistas será financiada também cada vez mais por fundos de investimentos e pelo mercado de ações, para aqueles que têm capital aberto. Os investidores querem saber de resultados duradouros e não temporários.
Em um gráfico, cruzamos crescimento em vendas com entrega de valor. Ao longo do eixo de vendas, à esquerda temos empresas que cresceram apenas ocupando espaço, repetindo padrões, sem investir em conhecimento do mercado local. À direita temos empresas que talvez não tenham crescido tanto, mas conhecem cada mercado que ocupam, possuem clientes e funcionários fiéis. Em qual você investiria?


Abraços,
Prof. Ricardo Pastore.