Por Ricardo Pastore, em Nova York

 

18/01 – 4º dia de NRF, 6º dia em Nova York

Último dia de evento. Hoje, a sensação é igual à da 4ªF de cinzas…
Duas Super Sessions encerram a programação de palestras neste novo e gigantesco auditório norte do Javits Center em  New York.
Num rápido balanço, podemos dizer antes de tudo que foi sim muito positivo mais uma vez estarmos aqui e encontrarmos amigos, velhos conhecidos destes 30 anos de varejo, clientes, ex-alunos, além claro de termos desenvolvido novos contatos.
Os conteúdos apresentados nas palestras, assim como a qualidade das apresentações foi mais uma vez de muito bom nível em geral, algumas delas memoráveis como a da Ralfh Lauren que arrebatou a platéia.
A feira idem, apresentou novas soluções tecnológicas e as estrelas do momento são as soluções interativas de PDV que substituem o merchandising tradicional por painéis que interagem com os shoppers. Para o varejista surge a oportunidade de reduzir drasticamente seus estoque e evitar que percam vendas por falta de estoques.
Sem dúvida, estas novas aplicações de tecnologias já existentes modificarão as lojas que conhecemos hoje, pois muitos produtos não estarão necessariamente expostos fisicamente e sim virtualmente. E para tornar as lojas atraentes e poder enfrentar a concorrência do e-commerce, em suas mais diversas configurações, as soluções interativas de merchandising tratam de oferecer entretenimento, jogos, promoções, aulas de culinária com chefs famosos, etc. Surge então o “merchantainment” que engaja e envolve o na proposta da marca varejista.
Concluindo, vimos as novas tecnologias aplicadas em diversos casos. Aquilo que foi uma super novidade nos anos anteriores, apareceram agora aplicadas, na forma de cases reais de sucesso, de inovação e de aumento de ganhos e participação de mercado.
Portanto fica aqui o recado para toda a nossa comunidade de varejo que nos acompanha diariamente em nossas publicações:
– seja você um gestor, executivo ou empreendedor, a hora para o domínio do conhecimento e aplicação das novas tecnologias é agora, pois ao contrário, pode ficar muito tarde e muito caro.
Lembrem-se, os consumidores da geração Y sao muito mais sensíveis a essas inovações e podem rejeitar sua empresa se a entenderem como aquela que não oferece aquilo que eles procuram, da maneira como procuram.
Continue nos acompanhando e fique ligado em nosso calendário de cursos e eventos.

Um grande abraco,
Prof. Ricardo Pastore

 

17/01 – 3º dia de NRF, 5º dia em Nova York

Último dia de exposição, penúltimo de palestras, ufa – que dia!
Muitas novidades com os expositores; destaque para a Intel com uma solução para venda de produtos da Adidas que dispensa a presença do estoque físico no PDV.
O expositor passa a ser uma grande tela onde o shopper seleciona o modelo de tênis desejado, passando a mão e clicando sobre as suas escolhas. Mas como saber se o modelo calça bem, perguntei eu cheio de saber? Simples, basta apoiar o pé em outra tela, como se fosse um iPad para medir e identificar o seu tamanho. Além disso há também um painel com diversos pares de um mesmo modelo todo preto e não comercializado, só para assegurar a escolha do tamanho certo.Resolvida a questão do tamanho, basta cocriar o seu produto no PDV de maneira customizada e recebê-lo em casa.
É a tecnologia ajudando a engajar e envolver shoppers a partir de experiências inovadoras no PDV. Tais inovações devem transformar sensivelmente o merchandising, agregando, por exemplo, o entretenimento.
O resultado dessa conjunção é o “merchantainment” que passará a fazer parte das experiências de compras para torná-la mais interessante e atraente aos consumidores afim de motivá-los a irem a loja.
É meus caros, se as lojas, como as conhecemos hoje, não forem reinventadas,  serão rapidamente deixadas para trás pela geração Y que vai querer comprar tudo pela internet.
Se há exemplos? Vários! Essa é a edição da NRF que mostra aquilo que foi novidade nos anos anteriores aplicado na prática. Que o digam Ralph Lauren que fez uma das melhores apresentacoes do evento e a Harrod’s que mostrou parte de seus mais de 400 painéis digitais utilizados na comunicação 360 graus com seus clientes.

Até amanhã!

 

16/01 – 2º dia de NRF, 4º dia em Nova York

Dia cheio e com muitas atividades, pois hoje teve início a exposição em dois pavilhões enormes.
O destaque vai para a palestra Store 3.0 que abriu o programa de palestras de hoje como uma das Super Sessions do evento.
O argumento central, defendido por uma executiva da Deloitte e suportado por dois cases de varejo apresentados pelos respectivos CEO’s, foi o trinômio tecnologia, ambiente de loja e talento da equipe.
A tecnologia tem papel fundamental, pois marca a evolução da loja como um simples canal de vendas, transformando-a num formato “omni-channel”, ou seja, para onde convergem todas as formas de interação com o cliente – venda presencial, à distância, interativa, colaborativa, promovendo a conexão do consumidor com a marca varejista.
O ambiente de loja, nesta visão, é fundamental para atrair o cliente e proporcionar novas experiências de compras, impossíveis de serem oferecidas à distância. O futuro do espaço físico da loja é passar do transacional para o experimental, uma fusão entre o físico e o virtual, que trará mudanças profundas no sortimento, layout e apresentação da loja.
E finalmente, quanto aos esforços em ampliar o talento da equipe, o modelo Store 3.0 considera necessárias transformações no perfil das equipes de vendas das lojas. Elas terão que ampliar seu foco e incluir rotinas de captação de dados e de construção da marca da loja, transformando-se em verdadeiros embaixadores no PDV.
Para isso, ações de engajamento dos colaboradores nos propósitos da empresa tornam-se necessárias e a tecnologia contribuirá neste novo processo.

Abraços!

15/01 – 3º dia em Nova York, 1º de NRF

Domingo, primeiro dia de palestras no Retail Big Show – NRF 2012

O programa de palestras começou hoje, domingo. As opções são muitas. Portanto, fazer a seleção do que assistir já se torna um desafio, afinal os temas são sempre muito interessantes.
Escolhi a apresentação da Coca Cola, logo cedo, às 8:00. O tema tratou da  customizacão da experiência do shopper in store e foi dividida por quatro executivos da divisão refreshement da Coca Cola.
Muito competente, a apresentação baseou-se em pesquisas desenvolvidas para o Trade especificamente e como são utilizadas para gerar as melhores práticas, entre elas o “look of sucess”, resultado dos insights gerados a partir de:
– macrotendências, canais, varejistas, motivações dos shoppers, estratégias das categorias, características das compras, situações de consumo e ativação in store.
Esses insigths passam por uma análise segundo três momentos do consumo: o anterior, o durante e pós-compra, sempre sob a ótica do Shopper.
Os resultados são incrementos em vendas sem perda de rentabilidade, pois as ações de Trade consideram os perfis de consumo e atendem assim às necessidades dos shoppers em suas diversas situações de compras.

Em seguida, outras excelentes palestras nas quais o Brasil esteve presente com o case Riachuelo que enche os olhos com números grandioso e perfil inovador de um varejista genuinamente brasileiro.

Amanhã tem mais!

 

14/01 – 2º dia em Nova York

Caros Leitores,

Hoje o dia estava claro, céu azul, mas bem mais frio que ontem. Para esquentar, nada melhor que promoções, muitas promoções!
Iniciamos pela B&H, a preferida em eletrônicos de muitos brasileiros. As 6as’Fs a loja encerra as 13h, permanece fechada aos sábados e reabre no domingo. O motivo é que todos que lá trabalham são judeus e respeitam suas tradições mais ortodoxas.
É possível encontrar vendedores que falam português por toda a loja, o que facilita muito o atendimento. Fica visível a importância que temos por aqui devido a presença maciça e aos gastos que realizamos, claro.
Saímos da B&H e seguimos para o Javits Center, local do 101o. Retail Big Show com início no domingo, 15/01, para retirar o crachá junto com as demais informações sobre o congresso. E já pudemos ver muitas novidades, principalmente as destinadas para as delegações internacionais. Vejam só:
– o espaço aumentou muito e ganhou uma localização privilegiada no 4o. andar, com direito a uma linda vista para o Hudson;
– acesso livre wireless a internet, acreditem!
– chapelaria exclusiva;
– salas de reuniões privadas;
– atendentes falando português.
Aliás, os brasileiros serão tratados com honras de estado. Seremos mais de 2.000 participantes, superando os 1.800 do ano passado, portanto um novo recorde. Vamos aproveitar então, enquanto temos todos esses privilégios e trazer o que tiver de melhor sobre o varejo para todos vocês.

 

13/01 – 1º dia em Nova York

Esta 5ª.F em Nova York foi chuvosa mas com temperatura bem mais amena que no ano passado. Hoje tivemos temperatura por volta dos 7 graus e, apesar do tempo instável, pudemos andar e fazer o “reconhecimento do terreno”. No ano passado, a esta altura, já haviam ocorrido duas nevascas que deixaram a cidade num verdadeiro caos e nós visitantes, congelados.
Começamos pela Times Square, seguimos para a 5a. Ave. e encerramos nosso primeiro dia na Herald Square, depois de percorrer grande parte do Fashion District. A Times Square está bem menos movimentada que de costume; sinal da crise?
Na 5a. Ave., a Sak’s contrasta tais sinais. Loja bem movimentada porém uma promoção bem agressiva: em uma escala de compras, o cliente ganha dinheiro, U$ 150,00, U$ 200,00 e assim por diante, dependendo de quanto gastar. E havia filas para receber parte do dinheiro de volta. Visitar a Sak’s é sempre um aprendizado; seus produtos, seu layout, a qualidade da iluminação, do som, da apresentação em geral, tudo lindo, muito bem cuidado.
Ainda na 5a. Ave. interessante ver o contraste da H&M cheia de clientes, enquanto diversas grifes vizinhas encontravam-se bem vazias. Quem diria, um dia, uma loja nos padrões da H&M em plena 5th. Ave! Não é crítica não; sou fã da H&M pois leva o conceito fast fashion à risca, tem suas lojas sempre cheias, vende a preços incrivelmente baixos e proporciona oportunidade de se vestir bem e na moda.
Mas a surpresa do dia foi o Herald Square. Nosso destino? A Macy’s, claro, mas antes de chegarmos lá resolvemos dar uma olhadinha nas lojas da Rua 34 que fica ao lado da Macy’s. Aqui está, portanto, a primeira dica para quem vem a Nova York:
– programe parte de suas compras na 34th St.! H&M, Forever 21, American Eagle Outfitter’s, Zara, Victoria Secrets, GAP, Banana Republic, Aeropostale, Mango e, senhoras e senhores, Uniqlo! Que loja tem a Uniqlo na 34th st., tecnicamente correta, competente, mercadorias de ótima qualidade, uma super abundância de mercadorias e também promoções, muitas promoções. Vitrines e cenas internas com manequins em movimento, uns girando e outros subindo e descendo, um show; iluminação perfeita, som idem, comunicação que utiliza enormes painéis em HD para sinalizar as coleções em cada corredor, enfim, uma aula de varejo.
Mas não se empolguem com o meu relato. A Uniqlo é uma empresa japonesa e toda essa perfeição contém o racional, a lógica e a disciplina japonesa. Não tem aquele calor, aquele detalhe, mas o conjunto da obra é excelente e, sob a ótica de quem como eu sempre trabalhou no varejo, a loja esbanja competência.
Amanhã tem mais, acompanhe-nos!

Abraços,