Em janeiro, a ABComm (Associação Brasileira de Comércio Eletrônico) previu crescimento de 16% para o e-commerce brasileiro. O varejo alimentar é visto como última barreira para as compras online. A desconfiança dos consumidores em comprar alimentos pela internet é o principal obstáculo para os supermercados que atuam na internet.
Uma pesquisa da Tetra Pak mostrou que apenas 0,2% dos alimentos são vendidos pela internet. Para efeito de comparação, a Coreia do Sul, mercado modelo para venda de alimentos online, vende 11,3% dos alimentos online.
Consumidores com um pé atrás
Agora, o estudo eCommerce ON, da Kantar, mostra que metade dos e-shoppers – consumidores que têm o costume de comprar online – nunca usou a internet para abastecer a geladeira e a dispensa.
A pesquisa revela ainda que 7% da metade que já comprou alimentos online se arrependem e não fariam novamente por algum tipo de insatisfação.
Motivos para não comprar
O maior receio das pessoas que têm desconfiança com a compra online em supermercados é relacionada à entrega – 27% apontam este como principal medo para comprar online. Na sequência aparecem a falta de experiência física de selecionar os produtos (18%) e a falta de qualidade (15%).
“A entrega é algo bastante conhecido como barreira para o crescimento do canal – seja pelo custo do frete ou pela demora na entrega. Mas o que chamou nossa atenção foi a barreira relacionada a selecionar o produto”, afirma Luciana Piedemonte, diretora e líder de commerce da Kantar Brasil.
“É importante trabalhar esse aspecto trazendo uma experiência que reforce a percepção de que o shopper está escolhendo os produtos, seja mostrando detalhes e validade de produto com fotos de qualidade. Além disso, outros pontos de contato como embalagem e organização da entrega podem ajudar a superar essa percepção negativa”.
Oportunidade de crescimento
Mesmo que o consumidor tenha desconfianças acerca da compra online em supermercados há muito espaço para crescimento. A pesquisa mostra que 30% dos e-shoppers brasileiros que nunca compraram alimentos online estão dispostos a começar.
(Por NoVarejo – Leonardo Guimarães)
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