s compras com cartão de crédito, débito e pré-pago somaram 415,9 bilhões de reais no primeiro trimestre do ano. O volume representa um aumento de 17% em relação ao mesmo período de 2018, de acordo com a Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs). O avanço está dentro da meta traçada para 2019, de algo entre 15% e 17%.
Mais da metade desse total se refere a movimentações com cartões de crédito, que chegaram a 260 bilhões de reais, alta de 17,8% ante o primeiro trimestre do ano passado. “Não há sinal de morosidade que pudesse afetar a indústria, podemos até aumentar a velocidade do setor com oportunidade de redução do uso de cheques, boletos e dinheiro em espécie. O objetivo é chegar a 60% do uso de meios eletrônicos no consumo das famílias até 2022”, afirma Pedro Coutinho, presidente da Abecs.
No primeiro trimestre, os canais digitais responderam por 38,3% do consumo das famílias. A digitalização representa 70% do consumo na Coreia do Sul e 45% nos Estados Unidos.
Guerra das maquininhas
“Devemos ver uma redução ainda mais expressiva no resultado do segundo trimestre, porque várias adquirentes anunciaram queda nas taxas no que se convencionou chamar de ‘guerra das maquininhas’”, diz.
As taxas cobradas nas transações com cartões vêm diminuindo ao longo dos anos. Em 2009, eram de 2,5% e agora estão na casa de 1,97%. Mais especificamente, as tarifas para pagamentos no crédito passaram de 2,95% para 2,41% no mesmo período, enquanto no débito saíram de 1,60% para 1,25%.
A inadimplência segue na mesma direção e atingiu o menor patamar histórico, de 4,7%, saindo de 6,2% em março de 2016.
Custo efetivo total
As reduções de taxas anunciadas pelas adquirentes, como Rede, Getnet e SafraPay, – chamada de guerra das maquininhas – agora vão poder ficar mais claras para o lojista. É que a Abecs vai contratar uma empresa para calcular o custo efetivo total das transações.
A metodologia deverá ser usada pelas adquirentes, o que vai permitir comparar as taxas de cada uma delas. “Isso vai dar mais transparência para o consumidor”, afirma Coutinho.
(Por Exame – Natália Flach)
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