A Apple inaugurou no último sábado (11) uma nova loja em Washington, capital dos Estados Unidos. A unidade, diferente de outras flagships, tem valor histórico significativo. A empresa restaurou uma antiga biblioteca do centro histórico da capital, a Carnegie Library. O líder da companhia, Tim Cook, disse em uma entrevista ao The Washington Post que esta “é, de longe, a mais histórica e ambiciosa restauração do mundo”.
Os planos de transformar o prédio em uma loja são de 2016. O estabelecimento foi construído há 116 anos e não funcionava como biblioteca pública desde 1972. A imprensa norte-americana especula que a Apple tenha investido US$ 30 milhões no projeto.
A experiência
Quando entram na loja, os visitantes se deparam com a escadaria original de três andares da biblioteca. Um corrimão de bronze percorre os degraus distribuídos pelos cantos do estabelecimento. Na parede, os nomes folheados a ouro de importantes intelectuais: Galileu, Homero, Platão, Shakespeare.
A área que abrigava o balcão de circulação hoje recebe assentos e um enorme telão para os eventos que a Apple organiza no local. No ambiente em que os leitores recebiam os livros na antiga biblioteca, a empresa colocou balcões para os treinamentos que oferece aos consumidores. O mármore que dá a cor branca à parede foi extraído em uma pedreira da região.
O showroom dos produtos fica em um ala separada do primeiro andar. De um lado são expostos iPhones e iMacs. Do outro, estão os iPads e Apple Watches.
A Apple Carnegie Library é a primeira loja nos Estados Unidos e apenas a segunda do mundo a apresentar o que a Apple chama de Experience Room, um espaço confortável para aprender como todo o ecossistema de produtos da Apple funciona em conjunto.
O último andar da construção recebe uma sala de reuniões, espaço que abriga os participantes dos eventos “Today at Apple” (Hoje na Apple). No mesmo nível está o D.C. Historic Center, instituto que se dedica a contar a história da capital do país norte-americano. A organização opera três galerias e uma loja, tudo é mantido pela The Historical Society of Washington.
A unidade conta com 225 funcionários que, além de apoiar a decisão de compra, oferece suporte técnico aos consumidores e assistência a pequenas empresas. A equipe fala 27 idiomas, incluindo mais de 20 membros fluentes em língua de sinais do país.