O comércio varejista carioca deixou de vender mais de R$ 3 bilhões com o excesso de feriados, dias enforcados e sábados agregados no primeiro semestre (janeiro a junho) desse ano, segundo estimativa do Clube de Diretores Lojistas do Rio de Janeiro – CDLRio.
De acordo com o levantamento, foram seis feriados em dias úteis e dois no sábado no primeiro semestre (de um total de 14 que acontecerão até o fim do ano) e a perda de faturamento médio é de R$ 385 milhões por cada dia parado. Os meses de Janeiro (Confraternização Universal) Fevereiro (semana do Carnaval), Março (Sexta Feira Santa), Abril (Tiradentes e São Jorge ) e Maio (Dia do Trabalhador e Corpus Christi), que possibilitaram vários prolongamentos – o chamado “enforcamento” – foram os mais prejudicados.
Segundo o presidente do CDLRio, Aldo Gonçalves, apesar dos acordos feitos entre o SindilojasRio e o Sindicato dos Empregados do Comércio permitirem as lojas abrirem, os feriados e seus prolongamentos penalizaram os lojistas, principalmente as lojas de rua que são as que mais sofrem, especialmente o centro da cidade que fica completamente deserto. Os dias parados causaram perdas não apenas para os lojistas, mas também para o governo que deixa de arrecadar impostos e para os comerciários, que deixam de receber comissões pelas vendas.
“Não há dúvida que este excessivo número de dias parados prejudica o comércio. São mais de quinze dias de vendas depreciadas. E não são apenas os empresários lojistas que perdem com isso. Perdem o governo que deixa de arrecadar impostos; os comerciários que deixarão de vender e também o próprio consumidor que não pode comprar. No caso dos comerciários, estimativa do Centro de Estudos do CDLRio mostra que eles podem perder quase um salário no ano, um verdadeiro 14º jogado fora. Não somos contra os feriados em datas comemorativas – e até mesmo, quando possível, o adiamento deles. Mas somos a favor de que a sociedade civil organizada, empresários, líderes de classe e autoridades se sentem à mesa para discutir outras soluções que evitem tamanho desperdício”, afirma Aldo Gonçalves, presidente do CDLRio.
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