A associação Brasileira das Indústrias Biscoitos, Massas Alimentícias e Pães & Bolos industrializados (ABIMAPI), em parceria com a consultoria Nielsen, divulgou hoje (05/03) os dados referentes ao desempenho do setor no ano passado. Em faturamento, as categorias apresentaram estabilidade na comparação com 2016.

Juntos, os alimentos que compõem o setor movimentaram R$ 39,252 bilhões, um leve desvio inferior de 0,6% quando comparado com o ano anterior, quando o valor atingido foi de R$ 39,517. Já em volume foram cerca de 3,5 milhões de toneladas vendidas, 3% a menos que o período anterior.

Além disso, o estudo também apontou que as indústrias registraram crescimento de 34% em vendas e 4,5% em volume, em relação aos resultados apresentados nos últimos cinco anos.

No setor de biscoitos, o faturamento se apresentou sem muitas alterações somando R$24,054 bilhões em 2017, em 2016 o valor atingido foi de R$24,151 bilhões. Em volume, foram vendidas 1,82 milhão de toneladas.

Um ano antes foram 1,87 milhão de toneladas. “Biscoito é um produto que você tem para todo tamanho de bolso, todo gênero em termos de atender uma criança até um senhor de idade, para todos os momentos e ocasião. Se você pegar sabor, formato e embalagem, o que dá mais de 1500 produtos vezes os números de marcas. Então o biscoito está no dia a dia, a penetração dele é de 99,7%, como é o do macarrão, então o brasileiro consome no dia a dia. O que ele pode ter feito é uma troca de produto de maior valor agregado por um menor, ou em um momento de consumo”, afirmou o presidente executivo da ABIMAPI, Cláudio Zanão.

De acordo com o levantamento, na comparação com os últimos cinco anos, a categoria avançou 35,3% em negócios e 6,51% em toneladas vendidas. Durante este período, cookies lideraram a lista com crescimento de 43,9%, seguidos por rosquinhas com 40,4% e maria/maisena apareceram em terceiro lugar totalizando 37,6%.

Outro mercado que não apresentou alterações expressivas foi o de massas alimentícias, já que movimentou R$ 8,751 bilhões, valor próximo ao faturamento de 2016, quando houve registro de R$ 8,918 bilhões. Com isso, a produção nacional caiu 2,87% em 2017, com 1,208 milhão de toneladas, ante o volume anterior de 1,244 milhão de toneladas.

As massas secas foram as mais consumidas: conquistaram R$ 5,443 bilhões e obtiveram 989,347 mil toneladas em volume; as instantâneas alcançaram R$ 2,716 bilhões e 180,488 mil toneladas; enquanto a categoria de massas frescas, com R$593 milhões e 39,139 mil toneladas.

De 2013 a 2017, o setor de massas cresceu mais de 26% em vendas enquanto em volume houve um leve aumento de 0,76%. “Nos últimos anos, temos enfrentado no país altas nos custos de produção, especialmente do trigo, que aumentaram os preços finais mas não causaram grande impacto para o consumidor.” explicou Zanão.

O cenário dos pães & bolos industrializados também foi de estabilidade no período. Juntos, estes alimentos movimentaram R$ 6,446 bilhões, com volume de vendas de 465,791 mil toneladas. Desde 2013, esta categoria cresceu 41,75% em faturamento e 7,37% em toneladas vendidas.

Enquanto o mercado dos “pães de forma” se manteve estável, com crescimento de  0,46% em faturamento em relação a 2016, atingindo R$ 5,606 bilhões, o dos bolos industrializados perdeu 3,16% em faturamento em 2017 em relação ao anterior, totalizando R$ 840 milhões. Este valor é 14% superior ao registrado há cinco anos.

“Estas foram as categorias mais afetadas pela crise que apertou o bolso consumidor. Enquanto os biscoitos e as massas alimentícias são produtos que fazem parte da alimentação básica da população, os pães e bolos industrializados possuem maior valor agregado e por isso são mais caros”, comentou.

Para o presidente, mesmo diante da instabilidade econômica do Brasil nos últimos anos, os hábitos de consumo do brasileiro nessas categorias são estáveis e há esperança de crescimento para este ano. “Eles estão consumindo esses produtos, que vão desde o café da manhã, lanche da tarde e até a noite. São produtos que variam durante o dia todo, você tem varias ocasiões de consumo, alguns mais e outras menos. Eu não vejo problemas que possam estar tendo o consumidor com esses produtos. Acreditamos em 2018 um crescimento na ordem de 2 a 3% em faturamento”, concluiu.

 (Por Super Varejo) varejo, núcleo de varejo, retail lab, ESPM, ABIMAPI