De acordo com um estudo realizado pela VTEX, empresa brasileira de cloud commerce, 49% do tráfego do e-commerce no Brasil é decorrente de ferramentas de busca. O levantamento foi feito em parceria com a Semrush, uma companhia especializada em ferramentas de SEO, e contou com a participação de mais de 500 lojas virtuais de todos os setores e tamanhos.
Segundo Rafael Campos, sócio diretor da VTEX, quanto menor o porte da loja virtual, maior a dependência das ferramentas de busca. O tráfego para lojas de grande porte oriundo dos buscadores representa, em média, 37% do volume total de visitas. “Empresas de pequeno porte têm uma dependência consideravelmente mais alta. Para elas, 52% do tráfego vem dos buscadores”, explica Campos.
O especialista da VTEX diz que as lojas virtuais de pequeno e médio porte que não possuem força de marca são mais dependentes dos buscadores, tanto orgânico quanto pago. “Isso porque elas precisam investir mais fortemente em estágios iniciais do processo de decisão”.
Analisando o tráfego direto, a pesquisa concluiu que as lojas de grande porte chegam a gerar aproximadamente 20% a mais de tráfego proporcional ao seu total do que as lojas de pequeno porte. Enquanto para as grandes porte o tráfego representa 44% do total, para as pequenas representa 36%.
As marcas de moda ou indústria têm uma proporção do acesso direto ainda maior. Das lojas que possuem mais de 60% do tráfego gerado diretamente no seu domínio principal, quase 80% são marcas reconhecidas ou possuem presença de loja física.
No período da pesquisa, o tráfego total das maiores lojas teve um aumento de 4%. No entanto, lojas pequenas registraram redução de 7,5% e lojas médias tiveram uma retração ainda maior, de 17%.“Com o crescimento do marketplace e aumento do custo de mídia, é natural observarmos os acessos se concentrando com o grande varejo, marcas e indústrias”, afirma o executivo da VTEX.
Somente 105 lojas, ou 20% do total, apresentaram crescimento de tráfego acima do crescimento esperado. O pior resultado foi entre lojas de médio porte, onde 87% apresentaram crescimento abaixo do esperado para o ano.
“Podemos notar que é mais difícil uma loja de médio porte crescer pois ela já alcançou volume considerável de tráfego, mas possui verba limitada para investimento, seja em produtos ou em mídia”, analisa Campos.
O tráfego referenciado, aquele que a origem vem de outros sites, é mais representativo nas grandes lojas. Aproximadamente 14% de grandes lojas possuem tráfego referenciado, enquanto para médio e pequeno porte, a média é de apenas 8%.
Já as redes sociais possuem baixa representatividade na origem do tráfego. Na média, as redes sociais representam 4% do tráfego das lojas virtuais. Menos de 10% das lojas pesquisadas apresentaram 10% ou mais do tráfego oriundos de redes sociais e menos de 3% apresentaram volume de tráfego acima de 20%.
Para acessar o infográfico com detalhes da pesquisa, clique aqui.
(Por Misasi Relações Públicas) varejo, retail lab, núcleo de varejo, ESPM